Fernando Pessoa e eu.

Estou assistindo TV e deixando cair algumas lágrimas...
E não estou de TPM! E não é um choro de tristeza!
É um choro de conexão! Não existe nada mais emocionante que a conexão. Não mesmo. É além-humanidade.
Estou vendo Oprah. A mulher deu mil dólares para cada pessoa da platéia e emprestou câmeras para que registrassem o que fariam com o dinheiro. Uma condição: não usar com eles mesmos. Doar, dar, fazer algo para alguém.
E é impressionante o que as pessoas fizeram. Usaram a criatividade, alguns conseguiram até multiplicar o dinheiro!
Nada me emociona mais. Do que a humanidade.
Quer dizer, sentir que os seres humanos são capazes de serem grandes. Grandes!
Me inspira a querer ser grande também e a não me deixar levar por esse cotidiano de mesquinharias e pequenezas. Elas sugam a gente, como um redemoinho no mar. E a gente tem que nadar bastante pra sair vivo. Pra se sentir vivo.
Vou colocar um trecho de um texto do Fernando Pessoa, esse cara que me faz sentir conectada ao ler qualquer coisa que ele escreve. Parece até que ele me conhece, mas pelo jeito ele se conhecia mais.

"Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela.
Na verdade e no erro, no gozo e no mal-estar, sê o teu próprio ser. Só poderás fazer isso sonhando, porque a tua vida real, a tua vida humana é aquela que não é tua, mas dos outros. Assim, substituirás o sonho à vida e cuidarás apenas em que sonhes com perfeição. Em todos os teus atos da vida real, desde o de nascer até ao de morrer, tu não ages: és agido; tu não vives: és vivido apenas.
Torna-te para os outros, uma esfinge absoluta. Fecha-te, mas sem bater com a porta, na tua torre de marfim. E a tua torre de marfim és tu próprio.
E se alguém te disser que isto é falso e absurdo não o acredites. Mas não acredites também no que eu digo, porque se não deve acreditar em nada."

Eu sei que 2009 será crucial. Eu sei que será incrivelmente maravilhoso para mim.

e que seja pra você também.

então!

Os dias tem sido corridos. Não estou com tempo nem de ir à terapia. E existe terapia melhor do que a própria vida? [Só pra não perder o costume e filosofar um pouco.]
Passei na locadora e aluguei Monty Python no Hollywood Bowl, Cleópatra do Bressane, Roda da Fortuna com Astaire e o Avarento com... Albert Finney? Acho que é isso.
Ontem vi o show da blackbird, hoje lapa, ontem violão com primo, hoje filme com coca-cola e chocolate.

AH! Finalmente comecei a colocar em prática meus dotes culinários e preparei uma deliciosa e saborosa Batata Rostie! Hmmmm

Minha gente, viajei para Arraial do Cabo e mesmo com toda aquela chuva foi simplesmente maravilhoso. Acompanhada da Vódega e do Violão, com amigos de infância e novos amigos adoráveis.

Na imagem que ilustra este post, Eric Idle e Michael Palin. Pythons deliciosos. Na foto devidamente travestidos de "Poofy Judges"!
e a piada: 'I gave him three years, he only took ten minutes'. ÔE!

mas é isso, ainda tem muito ano pela frente... 12 dias na verdade.

um beijo.

Macca e a Maca.

Então, quando me disseram que existia uma remota possibilidade de Sir James Paul McCartney vir ao Brasil em 2009... quase surtei. Quase tive um treco.
Eu nem imagino a minha reação se a notícia se confirmar e... RÁ! Nem a minha reação quando eu estiver de fato na primeira fila de um show dele. Não baby, nem consigo pensar nisso.

Neste vídeo de Maybe I'm Amazed, eu poderia propôr a voz deste homem em casamento. Eu viveria feliz para sempre com ela em meus ouvidos.

Eu assistindo a este vídeo do primeiro ao último minuto, duas palavras --> Múlt. e Org.

Não queria me expor tanto, mas é a verdade.

Queria escrever frases construtivas sobre ele, falar sobre talento, sobre música.
Mas não consigo. Sou incapaz.

Aperto play e as palavras fogem de mim.

músicas que marcam

Bom, bateu uma nostalgia e eu resolvi escrever sobre algumas músicas que foram, são e sempre serão muito importantes pra mim. Assim como os artistas que as fizeram.

track number 1 - Bom, se alguém já se perguntou porque me apelidei 'Bluebird', está aí a resposta. Essa música do Paul McCartney só me traz coisas boas e a letra é deliciosa...
"Late at night when the wind is still I'll come flying through your door, and you'll know what love is for. I'm a bluebird" e também "Fly away through the midnight air as we head across the sea, and at last we will be free."
me dá uma sensação de liberdade inacreditável quando essa música e eu nos encontramos à noite, no silêncio, só eu e ela.

track number 2 - Oh Yoko... essa aí me traz lembranças mais específicas. A frase que marca e que ainda me faz cantar a plenos pulmões quando me pego escutando hoje em dia: "My love will turn you on". Só podia ser John Lennon.

track number 3 - Estava eu fuçando mais músicas do Paul, quando me deparo com Suicide. Sabe aquela história de vozes comíveis e tal. Se a voz do Macca fosse uma pessoa, eu certamente casaria com ela.

track number 4 - Você descobre os Beatles, aí vira beatlemaníaca, depois que você destrincha e suga o que der sobre o quarteto de Liverpool, você quer sugar tudo de cada um deles. Quando descobri a carreira solo do John, foi numa época bastante 'conturbada' e as músicas dele me ajudaram muito. Acho que foi por volta de 2003 e 2004.
"God is a concept by wich we can measure our pain"

ÔE, a culpa é do Saturno!

"Saturno estava na Casa 9 no momento de seu nascimento. Isso indica que sua preocupação com a fugacidade das coisas a levará a tolher a própria personalidade, adotando uma postura de cautela e previsão diante de todas as questões importantes. Do ponto de vista prático, sua atitude diante de todas as principais funções intelectuais é atenta, séria e meditativa. Entretanto, você deve ter cuidado com a possível presença de elementos desfavoráveis em sua constituição intelectual, como depressão, medo e rigidez."


terapia, praia, trufa de framboesa, ipanema, trufa de menta, arpoador, pôr-do-sol, mar de ressaca, orgia alimentar (pato, siri, lingua de boi e lingüiça de porco, tudo no mesmo prato) -> (queria ser vegetariana), compras, mami, sister, palhaçadas, danças e cansaço. Infelizmente não fui ao show da Blackbird na estudantina... mesmo assim,
que dia bom!

tênue linha entre a superficialidade e a profundidade

Podem entrar, sejam bem-vindos, fiquem a vontade!
Tem sofá e cadeira pra todo mundo... acomodem-se.
Só não vou ficar fazendo sala pra vocês, não é do meu feitio sabe como é. Sem 'socialização'. Não existe situação mais desconfortável.
Também não vou ficar mostrando meus sentimentos. Só na teoria!
Na prática eu espalho no orkut pra todo mundo ver... peraí que eu vou pegar meus traumas, frustrações e decepções pra mostrar pra vocês! É rápido... São tão bonitinhos, precisam ver!
Se fazem de vítima que é uma beleza, os danadinhos!
Eu falo pro Heart que está na hora de dar a volta por cima, fazer alguma coisa, parar de se lamentar... as vezes ele ouve, as vezes não. É de uma inconstâância. Mas o adoro!
Bem, mas vamos ao que interessa! Chamei vocês aqui hoje pra anunciar que agora estamos abertos 24 horas! Sem anestesia. Quer dizer, somente nos finais de semana. Álcool, como o nome já diz é todo legal... All Cool (a piadenha foi horrível, mas inevitável, porque aqui temos uma auto-suficiência humorística que não tem nada de suficiente), e é sempre bem vindo sextas, sábados, domingos e feriados. Segunda-feira em dia de show, ficamos com o guaraná. Coca-cola vicia, you know.
As incongruências e inconsistências rondam, mas não nos deixaremos abater!
Eu quero todo mundo se divertindo e aprendendo aqui, não temos tempo a perder! É impressionante como tudo cai no cliché ( e ainda rima).
Mas é a verdade. Estamos dispostos! Abertos para visitações. Sim, poupamo-nos para ocasiões especiais, mas as ocasiões especiais têm se tornado cada vez mais freqüentes, porque (imagine só!) conseguimos finalmente cair na real. A realidaaaade, entenderam? Não? Nem eu. Ráá, ôôe!
Mas é isso. Esperamos que vocês, tanto quanto nós, obtenham maravilhosas, inimagináveis, imprevisíveis, orgásmicas, inacreditáveis, boêmias, bonitas, românticas, rebeldes, ilimitadas e infindáveis experiências, neste novo ciclo que acabamos de inaugurar.

"Now I declare this bridge open"!

Abre-te Sésamo

Quase sempre em crise sobre a profissão, eis que entro num site de astrologia à procura de alguma luz!

" Sua mente maravilhosamente receptiva é tão cheia de ricas imagens e ilustrações que talvez a sua forma natural de expressão não seja a verbal. Isso não significa que não saiba usar as palavras. Mas você tem uma especial capacidade de traduzir o mundo da imaginação em conceitos"

taí, gostei!
só falta a minha pessoa parar de se sabotar, aí vai dar tudo certo.

Melancolia

Acabei de ver "Dançando no Escuro", o filme de Lars Von Trier, neste instante.
E enquanto escrevo aqui as lágrimas continuam escorrendo dos meus olhos...
Ando melancólica esses dias. Na verdade, ontem e hoje.
Não posso ter medo da melancolia.
Eu confesso que tenho medo. Pânico. De mudanças tanto de humor quanto de... bah, qualquer tipo de mudança.
Mas os dias têm sido bons, esses rainy days and mondays...
É uma palavra bonita essa: me-lan-co-li-a
E os filmes e a música conseguem me transportar para um lugar seguro. Onde eu posso tudo, onde todo mundo me entende e eu entendo todo mundo, conexão sabe como é.

conexão, não coesão.

TPM existe.

É sério. Sempre resisti em rotular o que sinto algumas vezes como tensão pré menstrual. Sempre digo que é crise existencial, carência ou qualquer coisa assim. Como é que esses hormônios podem mexer com a gente dessa maneira?? São sentimentos tão intensos que eu me recuso a acreditar que sejam causados por eles.
Na postagem abaixo eu contei sobre meu dia ultra sensível... TPM!
Só que eu realmente não acreditava que fosse esse o motivo. Não meeeeesmo.
E ontem, enquanto debatia com a minha amiga sobre aborto e gravidez não desejada, recebi a feliz notícia de que não estava grávida e que meus dias ultrasensíveis tiveram uma razão de ser.

ALIÁS! Vou fazer um curta sobre meu dia ontem!
Taquipa.

enfim, minha gente, é isso aí...
tpm existe, é real, é tudo verdade, é uma merda, porque eu mesma não me agüento, mas passa!
Assim como tudo na vida.
(eu sempre acabo melancólica nos posts? que horror!

Vicky Cristina Maria Elena

Eu não sei o que eu quero.
Mas sei bem o que não quero.

Hoje foi um dia bem sensível... chorei vendo TV (ahh vai, Life Archievement Award é sempre emocionante), lendo e-mail (Placido Domingo e a nobreza humana)... tá, foi só.
Adoro chorar, chorar é muito bom. Me sinto conectada com o mundo de certa forma.
Me entupi de chocolate e fui ver Vicky Cristina Barcelona pela segunda vez.

Resolve e anestesia temporariamente.
Mas vou te dizer, as coisas já estiveram bem piores.

Concordo com Chaplin.

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho
que o verdadeiro ciclo da vida está de trás pra frente. Nós deveríamos
morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser
chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e
ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo pra poder aproveitar a
aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se
prepara para a faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas,
vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho no
colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida
flutuando... e termina tudo com um ótimo orgasmo. Não seria perfeito?"

Sim, seria!

And when I go away...

Sabe, eu gosto das pessoas.
Elas tem lá seus defeitos, as vezes me dão sono, fazem umas merdas fudidas, quebram meu coração...
Mas são engraçadas, vulneráveis, surpreendentes, diferentes, surpreendentemente diferentes e sei lá, tão humanas.
O que será isto que estou sentindo? Será aquele sentimento supremo?
Será? Seria?

tomara.

Que seja.

A realidade é muito chata.
Por isso eu gosto da noite, ela evoca o irreal.

Quando a gente consegue olhar pra cima!

Hoje de manhã saí de casa atrasada como sempre.
Entrei no ônibus que seguia em direção à faculdade, coloquei meus fones, liguei o aparelho reprodutor de mp3 e me pus a pensar. Quer dizer, os pensamentos me obrigaram. Eles sempre surgem quando me disponho a não dar a mínima pro mundo (e pensar é estar 'preocupada' pelo menos com alguma coisa, mesmo que inconscientemente). Tá pensando? Se fudeu, you CARE.
Well, estava eu olhando pras pessoas através do vidro e ouvindo Oasis [aquela história da fase, lembra?]. Em um determinado momento voltei minha cabeça para o céu. Nem percebi como fiz isso, quando me dei conta já estava completamente hipnotizada com o Azul claro, as nuvens brancas fofas e aqueles pontos pretos que assumem a forma de um triângulo sem o terceiro lado, quer dizer, os pássaros. Parecia que eles dançavam conforme a minha música. Os pássaros e as nuvens.
Eu passei uma hora olhando pro céu sem parar.
E me dei conta de como estou mudada. Na verdade me dei conta do quanto eu quero mudar.

Gente, terapia funciona!

Circo dos Sentidos

Tá, chega dessas porcarias subjetivas.
Estou revoltada comigo mesma, e isso é bom.
Terapia duas vezes por semana, Coca-cola oito dias na semana, filme sete dias na porcaria da semana, música 168 horas por cada uminha das quatro semanas que existem no mês.
Objetivo: the fucking meaning of life.
É sempre este objetivo, não existe nenhum outro!
cacete, vou resumir:
está tudo na nossa cabeça, nada disso é real, desejos são criados por nós pra dar algum sentido à este nonsense desembestado e sim, nós vamos morrer.
que merda, hein!

Eleanor Rigby

Ah, look at all the lonely people.
Where do they all belong?

tudo remete a uma música ou a um filme.
tudo já foi feito.

49 bye byes

Quanto mais eu vou ao cinema, mais quero viver.




já tô com saudade do Festival do Rio.

Sobre o longínquo

Joni Mitchell sortuda.
Senhoras e senhores, lhes apresento Graham Nash.
(euqueroelepramim)

enquanto isso, viva o Festival do Rio!

Okei

Ah, estou meio desacostumada com isso aqui...
Eu tinha um blog há uns 4 ou 5 anos, mas parei com essa vida. Resolvi fazer outro (este aqui) porque estava (estou) com uma sensação super incômoda, tipo uma dor no peito, um abafamento sei lá! Precisava (preciso) colocar palavras, coisas, sentimentos, aaaaaaaaaaaaaaaah, expurgar essa coisa de dentro de mim.
Veremos se conseguirei ou não ter um MÍNIMO de consistência e/ou objetividade. Esse tem sido o principal problema.
Welcome back, me!

Até logo.

observação: o título deste blog veio da música de uma banda que reverencio (e verão que eu "reverencio" coisas demais, demais, o que faz com que minhas reverências tornem-se banais, ou não. xi, começou) . [Gente, português é difícil.]
Fugi do assunto. A banda é: The Kinks.
essa tem sido a questão... cinema, vida, música e tal.