A velha Sara atacou novamente.
Logo quando todas tinham pensado que estava tudo superado, que estavam inteiras, reunidas por uma boa causa, vem a bebê Sara choramingar e perguntar pela mamãe: "Mundo, você é demais pra mim".
E a jovem Sara, que perdeu o encanto pela vida muito precocemente admite: "Ou a realidade é muito dura pra mim, ou eu que sou muito dura para encarar a realidade".
É claro que tentei ajudá-las. Reuni as três para um bate-papo e uma coca-cola.
Comecei dizendo:
- Quando nos deparamos com nossas limitações, é normal nos assustarmos.
No fundo, todos achamos que somos super-heróis, imortais e invencíveis. Precisamos deste herói dentro de nós, para nos levar adiante. Mas temos que lembrar que aqui dentro, existe tudo.
O herói, o vilão, a mocinha, o mentor, o sábio, o corajoso e o covarde.
Um está mais em evidência que o outro, mas todos estão lá. Na hora de enfrentar uma limitação, um desses personagens vai entrar em ação. Vocês escolheram ser a mocinha. Sejam o herói.
No que a velha Sara respondeu por todas:
- Não é questão de escolha.
- Tudo é escolha
- Hoje, não queremos encarar essa situação, mas pelo menos entramos num consenso. Estamos inteiras escolhendo fugir. Ninguém quer ficar. Não hoje.
-É um avanço.
-Sabemos disso.
-Mas não adianta fugir.
- Nos responsabilizamos pela fuga
- Pior do que fugir de uma situação, é fugir da própria fuga.
- Exato.
Adoro aquelas meninas. Elas me surpreendem.
Espero que consigam fazer com que aquele vulcão de potencialidades entre em erupção profunda.
Infelizmente, tenho que me contentar em observar.
E admitir que a fuga não deixa de ser um caminho.
Até logo…
Há 2 anos
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