Agora mesmo são duas e vinte e quatro da mañana. Esta última palavra me lembra Jack Kerouac. On the road. Na minha rua tem uns bêbados gritando e uns ônibus passando. A lua sorri pra mim e eu grito de volta pra ela. Quando as coisas deixam de fazer sentido elas entram em conexão com o real. Como se a realidade fosse um furacão e o sentido uma força que precisa ficar comportada no meio do olho. Nem um passinho pro lado, nem um passinho pra trás, Maria.
Alguém viu isso? Alguém tirou uma foto preu colocar no meu Picture Book?
Mas vocês não servem pra nada mesmo... Nem to help me get my feet back on the ground.
Então cabe a mim lembrar em flashes. Só lembro em flashes mesmo. Um olhar aqui, um comentário acolá e os sentimentos em todo o lugar. Cada vez que um flash me vem à cabeça o coração dá um salto triplo carpado até a goela. Me esforço pra engoli-lo novamente e faço o dobro do esforço para dar mais um passo à frente. That's life.
Eu sei que eu quero uma coisa: Resgatar o que senti naquela warm cool nite. Ele me fez sentir aquilo, então óbviamente ele vai conseguir me fazer sentir novamente.
Era uma suposição sem expectativas, por incrível que pareça.
O cara tem nome de anjo e me levou aos céus, naturalmente. Roquenroumente. Roquenrou-mente. Mente sim, mas também, quem não? Mentiras sinceras me interessam.
É claro que ele não lembra de nada, e eu poderia ter lembrado mais não fosse meu eu-etílico. Os flashes que pipocam dentro da minha cabeça parecem irreais até para uma pessoa como eu, que se agarra nos balões da imaginação e vai simbora.
Sou aquela pessoa que chora lágrimas reais de crocodilo ao subir na 'gaivota que está no céu e vai voando contornando o Havaí, Pequim ou Istambul'.
Continua...
(e continuou!)
Até logo…
Há 2 anos
Um comentário:
"Roquenrou-mente". Muito. Nem as mentiras sinceras me interessam. Gostei do texto, bêibe! Beejoo
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