"Sabe quando o mundo inteiro grita dentro de você e, mesmo com uma farta superfície corporal sobrando nos culotes e na barriga, você não dá conta de contê-lo do lado de dentro. Aí aquele mundo todo começa a transpirar pelos seus poros e te deixa até certo ponto perfumada, o que faz com que as cabeças se virem por onde passes e olhares te interroguem coisas que você provavelmente não saberia responder. De repente acontece. Tudo explode e só o que consegue fazer é ficar sorrindo doidamente. Um tanto escancaradamente. Do lado de fora da convulsão festiva que toma conta dos seus sentidos, o mundo parece parar para observar essa manifestação indecente de felicidade. E por meio segundo o universo queda seu curso para contemplar aquela partícula que é você, reles poeira, prestes a se expandir em um novo universo."
Texto de http://nandiland.blogspot.com
Faz tempo que espero me sentir assim de novo.
Poesia não tem conseguido encontrar a saída deste labirinto mental.
Tudo o que tenho feito enquanto percorro os corredores é parar no meio do caminho, sentar numa pedra e chorar minhas angústias infantis. Chorar feito criança. Tão desprotegida, tão desnorteada e tão dependente. Criança parasita. Criança que suga energia alheia para se poupar. Criança egoísta. Criança lunática. Como a lua, não tem luz própria. Pega emprestado.
Criança, você tem todo o tempo do mundo para crescer.
Mas o mundo não tem tempo pra você.
Vai embora! Eu estou te expulsando daqui porque te amo.
Saia e volte cheia de histórias sobre a instabilidade do planeta, a fragilidade das pessoas, a crueldade da vida, a beleza do amor.
Acima de tudo, me fale sobre o amor.
Diga-me que vale a pena e eu acreditarei em você.
E continuarei seguindo em frente, pisando no chão firme. Firme. Continuarei firme.
Na volta, me dê um abraço.
Sempre vale a pena viver por um abraço.
Até logo…
Há 2 anos
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