sábado, 31 de janeiro de 2009

'anda devagar menina'

Tava andando normalmente em direção ao cinema.
Cheia de dor de cabeça, tonta, enjoada e por incrível que pareça, muito bem!
Um velhinho chegou pra mim e disse 'anda devagar menina!'
Fiquei pensando... O que será que a minha 'pressa' despertou nesse cara?
que tipo de incômodo ele sentiu a ponto de me falar isso?
As pessoas são realmente maravilhosas. I mean it.

E aí eu cheguei no cinema, assisti um filme e me apaixonei pelo Jim Carrey.
Me apaixonei MESMO.

E aí eu vi outro filme e putaquepariu, como é bom ver filme bom.
Eu tô tendo muita sorte ultimamente.
Eu tô vendo e ouvindo 'liberdade' nas entrelinhas de todas as artes.
E teve o personagem que era a encarnação d 'o homem livre é imoral'

queria fechar o post com alguma conclusão, mas cada um que tire a sua.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sorria e Pacifique-se

Estava eu divagando, ouvindo música no ônibus [clássico].
Na verdade estava tentando meditar sobre um livro que tinha acabado de ler, sobre o Tantra.
Realmente, é um conceito muito bonito mas fácilmente distorcível.
Eu preciso colocar um trecho aqui:
"Certa vez Sigmund Freud disse que o ser humano nasce neurótico. Essa é uma meia-verdade; o ser humano não nasce neurótico, mas nasce numa humanidade neurótica, e a sociedade à volta mais cedo ou mais tarde leva todos à neurose. O ser humano nasce natural, real e normal, mas no momento em que o recém-nascido se torna parte da sociedade, a neurose começa a funcionar.
Sua parte pensante e sua parte que sente se tornaram duas, e você está identificado com a parte pensante, e não com a que sente.E o sentir é mais real e natural do que pensar. Você veio com um coração que sente, e o pensamento é cultivado, é dado pela sociedade. E o seu sentimento se tornou algo suprimido, mesmo quando você diz que sente, você somente pensa que sente. O sentimento se tornou morto, e isso aconteceu por certas razões."

e aqui estou eu iniciando minha jornada rumo à normalidade.
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A cena muda para uma mesa de bar em pleno domingo onze da noite.
Um amigo de uma amiga de um amigo começou a falar de Nietzsche:
"Ele diz que o homem livre é imoral"
"Mas é claro!!", exclamo eu bebiricando uma cervejinha depois de ter acordado às três e meia da tarde deste mesmo dia, de ressaca, prometendo para mim mesma que não ia beber.

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De volta ao ônibus!
Avisto um outdoor com uma propaganda bem tosca sobre Dentistas.
"Tratamentos inovadores, branqueamento à laser, novas técnicas"
o ônibus foi chegando mais perto e pude ver a foto de um cara, vestido de jaleco branco, com um sorriso estampado no rosto e as seguintes palavras nas mãos:
'Sorria e Pacifique-se'

no mínimo, intrigante.

enquanto isso continuo à procura da profundidade.
Só depois disso poderei ser livre

domingo, 18 de janeiro de 2009

The Scientist

"Os sentimentos que mais doem, as emoções que mais pungem, são os que são absurdos - a ânsia de coisas impossíveis, precisamente porque são impossíveis, a saudade do que nunca houve, o desejo do que poderia ter sido, a mágoa de não ser outro, a insatisfação da existência do mundo. Todos estes meio-tons da consciência da alma criam em nós uma paisagem dolorida, um eterno pôr-do-sol do que somos. O sentirmo-nos é então um campo deserto a escurecer, triste de juncos ao pé de um rio sem barcos, negrejando claramente entre margens afastadas."

está tudo ficando cada vez mais claro.
a série de 'coincidências' que têm ocorrido comigo...

uma coisa é certa, você escolhe a vida que você quiser levar.
é só você (querer) abrir os olhos.
no próximo instante o mundo será seu.


i was so much older then, i'm younger than that now.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

flowers bend with the rainfall

Tenho me sentido presa. Presa dentro de mim mesma!
Eu quero tanta coisa dessa vida... quero ir tão longe.
Quero alcançar sentimentos e sensações inimagináveis, quero experimentar e vivenciar, quero chorar, sim, quero rir muito, ser agida e agir, viver e ser vivida, esbarrar com todo tipo de gente e não só ficar olhando da minha carapuça, vestida desta minha auto-proteção exagerada.
Get a hold of reality, cut the bullshit.
Hoje quando me dei conta de que estou com um pé na realidade, me perguntei se era isso mesmo que eu queria. Me deu um frio na barriga e um aperto no peito, que é sempre o que acontece quando sinto que alguma coisa está para mudar.
Posso não escrever bem, não filmar bem, não desenhar bem, não cantar bem, não falar bem.
Mas eu quero escrever, filmar, desenhar, cantar e falar.
De alguma forma eu tenho que colocar pra fora...
E antes de colocar pra fora eu preciso saber o que há dentro, não?

Cansei de ter medo de olhar dentro.
Cansei de ficar sentada em cima do muro dando uma espiadinha nos meus sentimentos, uma olhadela na vida das pessoas, não-consciente de que a vida é isso aqui.
Essa porcariada toda. É essa merda mesmo. É essa porra fodástica.

O medo em excesso faz a gente querer evitar a vida.
Mas a vida, quando você tem sorte, faz a gente querer evitar o medo.

Conversa Pendente

- Eu quero te possuir por um momento e imediatamente depois descobrir que você nunca vai ser meu, porque nem eu sou de mim.
Mas eu quero descobrir com você.
E sentir muito, mesmo que você não sinta comigo.

- Yes, we speak of things that matter, with words that must be said.
"Can analysis be worthwhile?", "Is the theater really dead?".

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And how the room is softly faded and I only kiss your shadow,
I cannot feel your hand, you're a stranger now unto me
Lost in the dangling conversation, and the superficial sighs,
In the borders of our lives...



sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Half the World Away



Hoje eu posso dizer que estou bem! =)

Amanhã eu posso não estar bem, and the good news is that I'm ok with that.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conversas com Woody Allen

"Life is full of misery, loneliness, and suffering - and it's all over much too soon."
Woody Allen
Contei pra minha terapeuta que meu primeiro ídolo foi o Tom Hanks.
Me apaixonei por ele quando vi Náufrago em 2001, e ela veio com um papo de que eu me sentia uma náufraga presa dentro de mim mesma e o Tom me resgatou. Olha, não deixa de ser verdade..
Parece papinho de psicóloga mas eu acho que foi isso mesmo.
Claro que não foi o Tom Hanks que me resgatou, foi eu mesma usando a imagem dele.
E como eu me agarrei naquela imagem...
A paixão pelo cinema veio logo depois.
Fuga! Fuga total.

Oito anos depois estou eu aqui, no quarto período da faculdade de Cinema.
Construí minha balsa mas ainda estou a deriva...
Ansiando pelo momento do "Terra à vistaaaa"!
Confesso que este momento não está tão próximo de chegar... eu nem sei se quero chegar lá!

A analogia:
Minha vida é uma piscina.
Eu estou no raso, tenho consciência da parte funda mas tenho medo de ir até lá e me afogar.

Eu me identifico bastante com o Woody Allen.
A maneira extremamente pessoal que ele tem de filmar, de colocar a vida dele na tela, tudo junto, misturado e bom. Não são todos os filmes dele que eu gosto, mas eu admiro muito o fato de ele não ter medo nenhum de errar.

Preciso disso.

Nice talkin' to you, Mr.Allen!