sexta-feira, 28 de outubro de 2011

psicodelia bate à porta

minhas potencialidades raramente se mostram aos olhos dos outros
tenho habilidades contundentes e literalmente profundas
tão profundas que quase nunca sobem à superfície da realidade
ficam lá enjauladas, trancadas à chave pela minha falta de confiança.
Sempre acreditei que minha vida é um filme e espero até hoje pela virada número 25 do roteiro.

Ah, as viradas do roteiro.

Aquele cara que sai correndo e entra no seu prédio esbaforido!
Toca sua campainha.
Você atende e diz: Oi amor!
E ele é alto, cheiroso e barbudo.

e aí você vai... e beija o lóbulo dele! <3

sábado, 8 de outubro de 2011

procuro resposta no tarot

o confronto da razão com o instinto se traduz em uma luta de você para si mesmo, Clara, em que será indispensável valer-se da racionalidade para não permitir que paixões descontroladas e tesões poderosos lhe dominem a alma. Paixão é algo muito bom, e tesão mais ainda, mas quando estas duas coisas nos dominam inteiramente a existência, a vida vira um inferno! Podemos nos ver tomados por sentimentos contraditórios: paixão, por exemplo, anda de mãos dadas com a raiva, pois sempre que o outro nos quebra a expectativa, fazemos o maior drama...

Deste modo, controlar as paixões (tema fundamental deste arcano) é a verdadeira força e não significa de forma alguma reprimir os tesões ou matar as paixões, mas ao menos tê-las sob um mínimo de controle. Este arcano pressagia confrontos e batalhas, mas o maior confronto aqui é o da sua inteligência versus o seu lado mais infantil e mimado.


e ele tá certo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

meu querido amigo Ringo

Sabe, eu tenho esse amor platônico antigo, real e carnal pelo Paul McCartney desde que me entendo por gente. Aos 13 anos quando o resto das menininhas suspiravam pelo Leonardo Di Caprio ou o que seja, eu tinha fotos do Tom Hanks e do Paul McCartney coladas no meu ármario da escola (tipo aqueles armários de filme americano, achava o máximo na época). Presumia que todas as músicas dos Beatles eram cantadas por ele.
Não tenho uma explicação lógica para isso. Tive minha fase John Lennon tempos depois, angústias adolescentes e tal, John é gênio. Mas nunca tive tesão por ele. Later on, devia ter uns 18, tive um sonho com George Harrison. Daqueles sonhos divisores de água, sabe. Viciei legal. Comecei a achá-lo o Tesão encarnado. Mas o Paul nunca deixou de ser meu beatle preferido. Cheguei a renegá-lo algumas vezes, shame on me!
Porque né, tem muito aquilo, diga-me seu beatle preferido que te direi quem és.
E o Paul sempre foi de ser o intermediador da parada, o queridão da galera, um profissional de primeira, casadão e tudo isso é meio boring;
Entrei num dilema existencial porque sou fã do Macca.
Sou chata, previsível, not-cool-at-all, sem salvação (mas com um puta gosto musical).
Penso que o George tem muito mais a ver comigo. Muito mais. Pisciano, lindo, sexy, talentoso pacas, adepto do monty python humour, extremamente cool (não que o Paul não seja!), meditativo, teve aquele lance sensacional com a Patti Boyd e o Clapton... enfim. Mesmo assim, o Paul tem meu coração e eu o odeio por isso.
Porque aquela voz mágica é puro tesão divino.
Não vou negar quem sou, sou fã do músico Paul... sou fã do Paul inteirinho.
Desde o fiozinho de cabelo arrepiado do topo da cabeça dele até a provável unha encravada no dedão do pé. Não tem jeito.
Sou uma eterna frustrada porque é muito provável que eu nunca durma com ele.
E é triste sabe, tanto potencial a gente tem.
Fugi completamente da questão que queria abordar.
Porque é isso que o Paul faz comigo.

A minha relação com a vida é tipo a relação que eu tenho com o Ringo.
Ele tá lá, tão fofo, tocando bateria e cantando e sendo canceriano.
Ele vai fazer um show perto de mim e eu não vou.
A VIDA É A PORRA DE UM SHOW EM QUE EU NÃO ESTOU PRESENTE.
Porque eu me espremi três vezes para ver o Paul, paguei caro, fiquei longe.
E QUANDO EU PAGO CARO PRA IR NO SHOW, A VIDA NÃO ME VÊ.

assim, deu pra entender?!?!