domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ei!

Deixa eu perguntar...
Vocês acreditam que as pessoas mudam?
Antes, quando eu e a minha pessoa nos desentendíamos absurdamente, no meio de uma discussão eu berrava: PELAMORDEDEUS, as pessoas TEM que mudar!!!
Eu apontava o dedo pra mim mesma e dizia: Você vai ver quando não se reconhecer mais no espelho! Eu vou conseguir!
Teve uma época em que eu simplesmente não conseguia conviver comigo mesma.
Ficava sem falar. Ficava de mal. Era brabo.

Aí, eu cheguei num consenso.
'Nós não temos escolha, a gente precisa pelo menos se aceitar.'

Hoje em dia a convivência anda muito mais pacífica.
Quem são essas pessoas?

Uma tem muito medo. E consequentemente impõe limites que funcionam como barras da cela de uma prisão. Não quer sair do seu mundinho porque tem pânico do que pode haver lá fora. Seja bom ou ruim.
A outra sabe o que está perdendo. Tem a mente aberta. Sabe da existência da paixão, do amor, da dor. Sabe que é preciso se jogar de cabeça e se responsabilizar pelos seus atos.

As pessoas não mudam.
Elas só podem se tornar a melhor ou a pior versão delas mesmas.

Eu resolvi que me tornaria a melhor versão de mim.
É tão possível! E quanto mais você se sente à vontade com você, mais o mundo conspira a seu favor.
Pessoas entram na sua vida. E você sente que elas valem a pena somente quando VOCÊ se sente bem com VOCÊ perto delas. Capice?
Somos todos degraus uns dos outros!

Vamos escolher subí-los.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Vamos ser honestos?

Não sentimos mais nada um pelo outro.
Quer dizer, nós sequer sentimos alguma coisa?
Eu acho que você chegou a me inspirar em certos momentos, talvez eu tenha inspirado você em algumas ocasiões. Talvez.
Antes d'eu partir já estava diferente.
Foi só a gente deixar a poeira baixar, pra que pudéssemos ver claramente o que estava acontecendo. E nós conseguimos! Era óbvio desde o início que não íamos chegar à lugar algum;
Só que a gente tava tão absorto no tesão, no romance pseudo proibido, na noite, nas bebidas, nos filmes, nas músicas!
Ilusões de uma significância.

E eu sei que a maior dificuldade do ser humano é lidar com a impermanência.
Ontem meu coração batia mais rápido, hoje não.
E é isso! E sempre vai ser assim. Até o dia em que eu e a eternidade morrermos.

Mas mesmo assim, hoje eu acordei romântica.
Eu queria que você batesse na minha porta, me agarrasse, me beijasse, me amassasse, dissesse que não resiste a mim, que pensa em mim a toda hora.
"Eu te quero agora!!!"

Uma parte de mim ia fingir com prazer que ainda existe algum rastro de um sentimento qualquer.

Hoje eu quero me iludir com significados.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E agora?

Nove dias de silêncio.
Só eu e minha mente, absolutamente prontas para guerrear.
"Que vença a melhor!"

Eu quero escrever sobre as batalhas, sobre os momentos de glória, os momentos infernais and all that jazz. Mas agora não.

Agora eu quero falar sobre a minha volta.
Passei 11 dias fora de casa, sem notícias do mundo, reclusa num big brother mental.
Aí eu cheguei, domingo de carnaval.

Olhei orkut, facebook, twitter.
Nada de novo. Mesma merda.
Exceto por um vídeo postado nesta ferramente diabólica que é o twitter.
Um vídeo postado por ele...

Cliquei. Inspiração.

É instantâneo. Penso nele e me inspiro na hora.
Absorvi imensamente essa inspiração.
Eu me encontrava muito 'purificada', muito 'limpa' e fui atingida em cheio por um frescor no coração.

Ele me inspira a ser da altura de nossa grandeza. Observando-o, eu acredito.
Miojo de fé. Em três segundos. Olhou tá pronto.

Cada um com sua imagem, cada um com sua projeção.
Essa funciona pra mim.

Hoje eu tava ouvindo uma das músicas dele enquanto fazia as unhas, e me deparei com um trecho: 'But I think you were too weak for destiny'

Eu ri. Seria eu fraca demais para o meu destino?
Minha cabeça balançou afirmativamente sem eu perceber.

E agora? Agora é daqui pra frente.
Agora a fé tá injetada, vamos ver até quando ela vai durar dessa vez.

Só pra esclarecer... eu falo dele, ele isso, ele aquilo.
Mas eu me vejo refletida toda vez que isso acontece.
Se eu falo dele, eu falo de mim.
Vai entender os mistérios da vida?

Whatever it takes for love and inspiration.

whatever it takes.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eu quero a verdade.

Me encontro absolutamente perdida num labirinto mental.
Penso nele, dói o coração, dói a cabeça.
E a mesma pergunta tem me martelado: "PRA QUE?"
É ele? Sou eu? Eu quero ele? Ele me quer?
O que eu tô sentindo? Deus, O QUE EU ESTOU SENTINDO?
Dê-me uma luz, mostre um sinal! Diga-me o que fazer!

Ainda acho que tudo isso não é real.
Que eu não deveria estar assim.
EU NÃO PODERIA ESTAR ASSIM.

Um dia absolutamente despretensioso...
Domingo! Desde quando 'Domingo's tem mudado a vida das pessoas?
Domingo é um dia filho da puta.

CANSEI absurdamente desta situação.
Não sei nem QUAL É A SITUAÇÃO. Mas eu cansei.

Eu entendi que sempre esperei a vida me sacudir.
Parada. Sem mexer um dedo. [assim eu me abstinha de ter responsabilidade sobre qualquer coisa]
As coisas aconteciam e eu sempre ia na onda... surfando.

AGORA, só AGORA, eu saquei que EU PRECISO sacudir a vida de volta.
Não só preciso, como DEVO.

HEEEEELLO estou aqui!!! Fazendo alguma diferença na sua vida.
Principalmente fazendo diferença na MINHA vida.

Eu vim pra salvar a minha alma

AAAAAAAAAAAAAAAA

Músicas que falam por mim - parte 5

its getting different
from all we knew and felt
theres a wild distance
and our boats are rowin to hell
and my mind is detailed
with movements of your crimson heart

is it for her, he asked me
now i'm trying to hold on again

back in town i see its all the same
i wonder where its gonna end
then i come without asking
and the strength that i had aint the same
and its all fading
and its all fading away..

she said, hold on
she said

hold on
hold on again

but the night has come again
to sweep off all the rest of us
soon, in the morning
we'll be nothing
in the morning
there will be nothing
in the morning..

i woke up with no look in my eyes.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nem sei se é você que eu quero.

As pessoas buscam umas às outras afim de encontrarem a si mesmas.
Saímos por aí esbarrando em alguéns, esperando encontrar verdades, esfregando pele com pele, dançando a música das línguas, mão na mão, mão no rosto, peito no peito, olho no olho.
Sempre estamos procurando por nós mesmos no abraço do outro.
Por apenas um instante tudo fica bem. Estamos protegidos.
Por apenas um instante, sabemos quem somos, de onde viemos, porque estamos aqui.
O mistério dissipa-se por que agora fazemos parte dele.
Somos mistério.

Eu nem sei se é você que eu quero.
Mas me abraça.
Me ajude a fazer parte do mundo por alguns segundos.

Em seguida, olhe pra mim.
Meus olhos vão tentar te dizer verdades.
Tente ouví-los.






Aí eu vou seguir por um caminho e você por outro.
Prontos para esbarrarmos em outras pessoas.

Caminha-se sabendo/sentindo a razão de cada passo.

I'm gonna watch bluebirds fly over my shoulder

"Sabe quando o mundo inteiro grita dentro de você e, mesmo com uma farta superfície corporal sobrando nos culotes e na barriga, você não dá conta de contê-lo do lado de dentro. Aí aquele mundo todo começa a transpirar pelos seus poros e te deixa até certo ponto perfumada, o que faz com que as cabeças se virem por onde passes e olhares te interroguem coisas que você provavelmente não saberia responder. De repente acontece. Tudo explode e só o que consegue fazer é ficar sorrindo doidamente. Um tanto escancaradamente. Do lado de fora da convulsão festiva que toma conta dos seus sentidos, o mundo parece parar para observar essa manifestação indecente de felicidade. E por meio segundo o universo queda seu curso para contemplar aquela partícula que é você, reles poeira, prestes a se expandir em um novo universo."

Texto de http://nandiland.blogspot.com


Faz tempo que espero me sentir assim de novo.

Poesia não tem conseguido encontrar a saída deste labirinto mental.
Tudo o que tenho feito enquanto percorro os corredores é parar no meio do caminho, sentar numa pedra e chorar minhas angústias infantis. Chorar feito criança. Tão desprotegida, tão desnorteada e tão dependente. Criança parasita. Criança que suga energia alheia para se poupar. Criança egoísta. Criança lunática. Como a lua, não tem luz própria. Pega emprestado.

Criança, você tem todo o tempo do mundo para crescer.
Mas o mundo não tem tempo pra você.

Vai embora! Eu estou te expulsando daqui porque te amo.
Saia e volte cheia de histórias sobre a instabilidade do planeta, a fragilidade das pessoas, a crueldade da vida, a beleza do amor.
Acima de tudo, me fale sobre o amor.
Diga-me que vale a pena e eu acreditarei em você.
E continuarei seguindo em frente, pisando no chão firme. Firme. Continuarei firme.
Na volta, me dê um abraço.

Sempre vale a pena viver por um abraço.

These days

I've been out walking
I don't do too much talking
These days, these days.
These days I seem to think a lot
About the things that I forgot to do
And all the times I had the chance to.


I've stopped my rambling,
I don't do too much gambling
These days, these days.
These days I seem to think about
How all the changes came about my ways
And I wonder if I'll see another highway.


I had a lover,
I don't think I'll risk another
These days, these days.
And if I seem to be afraid
To live the life that I have made in song
It's just that I've been losing so long.

La la la la la, la la.

I've stopped my dreaming,
I won't do too much scheming
These days, these days.

These days I sit on corner stones
And count the time in quarter tones to ten.
Please don't confront me with my failures,
I had not forgotten them.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dr. Pessoa

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Janeiro

A gente falou de Dylan, Kerouac e Beatles por alto, impressionados com tanta coisa em comum. Afinal não é todo dia que encontramos pessoas assim no meio da praia, ainda mais no meio do caos do reveillon de copa.
Ele me falou o nome dele, eu disse o meu.
Em um certo momento ele declarou: "Antes eu comeria você e sua irmã. Agora eu quero só você".
Você pode achar isso escroto, mas àquela altura eu já tava sacando a sinceridade completa das palavras dele. Foi isso que me intrigou. Eu não vi máscaras. Enquanto eu estava cheia delas só esperando alguém arrancá-las de mim.
A gente ficou deitado na areia curtindo o momento. Mas o meu momento era de extrema inquietação. Eu precisava de um sinal!
E recebi um.
Descobri mais tarde.

Dois mil e dez começou como um programa de TV, não como um filme.
Minha fé abalou-se um pouco, confesso. Mas nada, absolutamente nada que algumas viagens não dêem jeito.

'a baby step of faith'