sábado, 1 de dezembro de 2012

and in the end

Tenho problema com a vida porque tenho problema com edição.

e a maior ironia de todas é que quando me perguntam em que eu pretendo me especializar na minha carreira de cineasta (risos), eu respondo: 'montagem'.
SDDS terapia.
Por exemplo os textos desse blog. Me dá uma vontade de escrever, eu abro a página, escrevo e publico. de uma vez. não tem essa de editar ou escrever no word primeiro. nunca foi assim. Quero fazer uma música. peguei o violão, escolhi os acordes, fiz a letra. pronto, acabou. cantar. não tem aquecimento vocal nenhum. pronto, cantei. e por aí vai. e tem que sair perfeito. tem que ser foda!
e é exatamente por isso que eu me acho uma pessoa completamente sem talento algum pra nada.
porque como disse Henry Miller, eu não caminho por tempo suficiente na estrada que escolhi. Tenho que obter os resultados imediatamente! e os resultados tem que ser maravilhosos!
então eu abandono tudo porque não SUPORTARIA me ver falhando em nada. então, acabo nem tentando.
Meu ego é uma coisa tão gigante e transbordante que eu acabo me sufocando.
Ando por aí dentro dessa bolha de egocentrismo, nesse mundo onde eu sou importante pra mim e isso basta!

cadê o processo? as sementinhas que eu tenho que plantar? a coragem pra enfrentar o mundo de peito aberto? cadê?
nesse momento eu iria olhar pra Janete, minha ex-analista, e ela iria olhar de volta e me perguntar:
é, cadê?

ONDE ESTÁ?

Está nesta pequena falha de caráter ou o que quer que seja, onde eu prefiro me abster de ter uma vida afim de não me chatear. Isto é, me responsabilizar por qualquer coisa.
Está na minha preguiça das pessoas. preguiça de discutir. preguiça de interagir. preguiça de me chatear.
e por isso mesmo, a minha vida está um absurdo.
um absurdo, porque eu tenho 25 anos mas parece que tenho 16.
eu tenho até a fisionomia de uma menina de 16 anos, tamanha a minha falta de amadurecimento.
porque eu estou completamente afogada nesse FORMOL DO EGO.

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eu parei de escrever isso tudo aí em cima e saí da página pra refletir um pouco.
aí parei no blog da Mallu Magalhães, essa linda que me inspira demais. ela postou hoje mesmo sobre o Fernando Pessoa, esse lindo que me inspira demais. e falou da sincronicidade do mundo, coisa em que acredito demais! depois parei no vídeo do Toquinho cantando 'Caderno'. e isso me remeteu à minha infância. eu amava o Toquinho. lembrei de como a música sempre me atravessou de uma maneira mágica, eu sonhava acordada, tinha visões e por alguns momentos entendia a verdade da vida. e a verdade da vida é que ela é feita de momentos. e eles só serão eternos se você quiser que eles sejam.

e eu sou tudo isso e mais um pouco. eu sou essa pessoa de ego transbordante e também sou a pessoa que enxerga isso e quer ser cada vez melhor. eu sou tudo isso. e mais um pouco.
e daqui a pouco não serei mais nada disso.

e tá todo mundo junto nesse barco.
sou full of shit, full of ego, mas acima de TUDO
I'm so full of love!

e só o amor salva.

(the love you take is equal to the love you make)

sábado, 24 de novembro de 2012

in the water where I center my emotion

tenho refletido sobre meu corpo e minha alma e descobri do que eles são feitos.
água.

sou água. reflexo. adaptação. poder. emoção. fragilidade.

e nesse mundo perturbado quanto mais interajo com as pessoas descubro que sou um pedaço de cada uma delas. eu posso ser todas elas. se eu posso ser todos, quem eu realmente sou?

a minha necessidade de isolamento vem exatamente da minha conexão sem fim com todo o universo. é extremamente agoniante. eu sou todo mundo e por isso mesmo sou ninguém.

me tranco entre quatro paredes e grito e canto e leio. leio que ''quem sente não é quem é. atento ao que sou e vejo, torno-me eles e não eu. cada sonho ou desejo é do que nasce e não meu''. e choro! e falo 'Fernando, obrigada!". Fernando muito Pessoa. quem melhor do que você, meu português lindo, pra definir o indefinível.

aqui estou segura. sozinha eu sei quem sou. mas é falar e tocar em qualquer ser humano e consigo absorver os seus anseios, suas idéias, suas palavras e as vezes não consigo separar o que é meu do que é do outro. e fico confusa. meu coração encolhe. "Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros). Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um caráter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas. Uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas. Como o panteísta se sente árvore e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada, por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço". (Pessoa)

e assim, eu me permito sair pra ver o mundo vez ou outra e a experiência é sempre incrível e esgotante. como se eu me derramasse em todos e voltasse pra casa vazia. e não há liberdade maior do que sair por aí vazia. que é quando os outros derramam-se em você. e aí eu volto transbordando o que roubei sem intenção.

de todo jeito quero ser o mar, mas sou somente uma gota.

e na água onde centro todas as minhas emoções,
all the world can pass me by



sábado, 17 de novembro de 2012

Repost

"eu tiro meu livro da bolsa, inflamada de orgulho e de vergonha. queria que todo mundo soubesse a preciosidade ali nas minhas mãos, crônicas de clarice lispector, essa mulher, queria que as pessoas soubessem que estou ali abismada com a metafísica de um ovomaltine, meu deus, alguém percebeu o paradoxo do ovomaltine. queria que o mundo soubesse que estou ali usando meu cérebro e que não é fácil. mas mais do que isso, quero que todo o vagão saiba de quem lê clarice lispector: eu.

mas estou apenas com um livro de capa verde-água na mão, numa fonte horrorosa e uma ilustração ainda pior, e toda a gente ali deve achar que se trata de auto-ajuda.

desembarco e a vida é isso."

Esse é um texto do blog http://vodcabarata.blogspot.com/, intitulado "o maior ego do mundo".


o maior ego do mundo ainda é o meu!
(risos)



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

You're just a human, a victim of the insane

Aos poucos a grande neblina que envolve meu cérebro vai se dissipando e consigo vislumbrar flashes de realidade. A rotina sempre chega de mansinho pronta pra nos devorar.
A novidade sempre envelhece, you know.
Assim como todo o resto. e é isso que nos mantém aqui; saber que um dia não vamos mais estar.
Mas tudo ainda está muito quente, acabado de sair do forno. Por isso ando queimando minha língua com frequência. Não quero falar do que eu não entendo.
Me sinto presa dentro de um filme brasileiro em cartaz num cinema português. Aqui eles interrompem o filme exatamente na metade e fazem dez minutos de intervalo. Estou na parte em que a personagem principal é apresentada ao espectador e ambos não fazem a menor idéia do que os aguardam.
Pois é. Aqui estou eu, à espera do conflito. Existem milhares de possibilidades, por isso ando curiosa pra saber qual delas irá se desenvolver.

Enquanto isso, o alvoroço existencial do momento envolve sexo, drogas, roquenrou e velhice.
falta toque, falta cerveja com amigos, falta língua na língua, falta companhia fodástica pra compartilhar momentos fantásticos, falta barba, falta desejo, falta mão, falta pegada, falta presença.
me dê um minutinho desse intervalo que deve durar pelo menos um dia na vida. Um dia na vida com você equivale a um século na companhia dos que não interessam e vamos ser sinceros... nesse mundo minusculamente enorme os que não interessam são esmagadora maioria.

"The world is just a little town
Everybody trying to put us down
Isolation"

Mas sempre nos falta algo porque estamos constantemente cavando buracos psicológicos que acabam perfurando nossa alma. Eu sou esse buraco negro que suga tudo o que está à volta, sou esse vazio existencial que tenta se preencher através da realização de outras pessoas, sou essa vagina e toda sua simbologia, a eterna passividade, receptividade, a defesa e não o ataque, o abraço e não o soco, a que é penetrada, a fêmea, a mãe, a mulher.

Acima de tudo sou a lua e todas as suas crateras.
(e nenhuma bandeira jamais será fincada aqui)
 

sábado, 18 de agosto de 2012

me complico

é estranho dizer que minha mente é muito objetiva quando tudo o que consigo dizer me parece tão subjetivo. acontece que minhas palavras não contém lirismo, somente meus ouvidos.
é estranho se perceber presa por falta de espaço, já que são muitas dentro de uma só. é estranho ter tanta mágoa no coração e por causa disso acabar magoando os outros. é estranho sentir que o amor e o ódio caminham juntos. (eu te amo muito e te odeio por isso).

é estranho se controlar quando tudo o que eu queria era berrar tanto tanto tanto no meio da rua e gritar pra humanidade que está tudo errado e ser amarrada no hospício por ter falado uma verdade. eu ia me sentir muito melhor ao saber que não estava fazendo parte dessa sociedade hipócrita. mas isso ia ser fácil demais.
porque é sempre fácil culpar os outros e a loucura é um tipo de fuga. eu faço sim parte dessa sociedade e contribuo pro aumento dessa hipocrisia desenfreada. tá tudo tão 'politicamente correto', as pessoas estão mais frágeis, parece que tudo sempre é muito fácil e simples e cheiroso e bonito.

você percebe que está mais perdida do que nunca nesse redemoinho de frustrações, amores e mágoas que construíram quem você é hoje. você acha que tinha deixado tudo no passado, mas sempre existirá um momento. uns cinco segundos de pura humanidade e crueldade. um veneno que escorre da sua boca vindo do fundo da sua alma. um momento de verdade. um momento onde você começa a perceber que isso também é você. você não é só cheirosa e bonita. você é podre, velha e rancorosa também. e tá tudo certo. porque você não escolheu ser só isso. e isso é bom. não se culpe.

as vezes me pergunto porque me apego tanto ao passado.
minhas cicatrizes sempre foram muito simbólicas.
sempre existiu essa dualidade entre o amor e o ódio.
e algumas cicatrizes ainda me machucam e vão continuar a machucar
até eu conseguir ser/me comportar como uma pessoa inteira
e não uma sombra
a sombra de alguém que na verdade é um símbolo forjado pela minha própria mente
e pelos meus medos;

não quero ser a sombra de mim
quero ser luz.


eu, uma música do caetano:


"Que tem muito ódio no coração,
Que tem dado muito amor,
Espalhado muito prazer e muita dor."

"
Mas ela ao mesmo tempo diz
Que tudo vai mudar,
Porque ela vai ser o que quis
Inventando um lugar"

"
As garras da felina
Me marcaram o coração,
Mas as besteiras de menina
Que ela disse, não."

terça-feira, 7 de agosto de 2012

fucking maturidade.

Se fosse há algum tempo atrás eu estaria me descabelando, estaria escrevendo aqui em caps lock eterno sobre a raiva que estaria sentindo.
mas não. hoje não.
minha vida está se tornando uma longa e contínua meditação.
parei com hábitos negativos que antes faziam parte de mim... (nem todos, posso dizer)
ao mesmo tempo tudo é tão estranho e tão normal!
tava pensando em superficialidade e profundidade novamente.
em objetividade, foco, coragem e esforço. Na sorte e no Cosmos.
Estou prestes a realizar um grande sonho!
eu poderia dizer que ele veio até mim de mão beijada...
mas estaria sendo contrária a tudo que acredito.
A vida me preparou desde o momento em que comecei a sonhar.
Me preparou para a realidade.
Viver um sonho sem conhecer a realidade perderia toda a graça.

Então estou aqui. Meditando. Esperando. Focando.
Agradecendo. Muito. Todos os dias.

Vipassana Rules.
Esteja consciente da impermanência de tudo.

 transitoriedade, efemeridade, temporalidade, fugacidade, instantaneidade, mutabilidade, durar como um sonho, desfazer-se como o sal n'água, provisório, fluxo, espasmódico, episódico, repentino, finito, fungível, en passant, mortal.

domingo, 29 de julho de 2012

muito é muito pouco

estou no meu momento de absorção e vontade.
absorção de fora pra dentro e vontade de dentro pra fora.

espere, respire, observe.

Esteja onde você é.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Coração Vagabundo


Fico tentando forçar meu coração a imprimir meus desejos mentais.
Digo pra ele: espera o tempo passar, vocês vão se acertar.
Ele se acalma um pouco. Mas não demora muito e minha saga recomeça. O coração triplica de tamanho e logo parece que carrego uma bola de basquete no peito. Isso acontece quando penso em você e nenhuma alegria consegue ser extraída de mim. Quando pensava no seu sorriso ele iluminava minha alma e agora quando imagino você rindo começo a chorar. Penso no seu olhar e ele agora vem carregado de medo. Seus braços, seu peitoral, sua boca, seu cabelo, sua barba. Eles ainda despertam meu tesão. 
Mas não mais fazem cesta no meu coração. Existe no mundo algo mais triste do que isso? Eu tenho certeza que não.

Sou a pessoa mais corajosa que conheço, simplesmente porque preciso ser. É preciso ter coragem pra enfrentar esse mundão sozinha, sem ter seu peito como abrigo. Covardia seria te pedir isso estando seu peito tão desprotegido.

Sei que é amor quando penso em você com a certeza de que estou fazendo tudo o que posso por mim. Sei que é amor porque sei que você me ama e você sabe que eu te amo. Não importa como, quando, onde, porque. Nós sabemos que é amor porque queremos ser felizes. Sabemos que é amor porque sabemos que somos feitos disso. Sabemos que o amor não é suficiente e que somos suficientes porque sabemos disso. 

o mundo anda opaco sem seu brilho.
o problema é que não sei se a luz se apagou
ou eu é que ando usando óculos escuros.

domingo, 15 de julho de 2012

where words fail, music speaks.

A Cold and frosty morning there's not a lot to say 
About the things caught in my mind 
As the day was dawning my plane flew away 
With all the things caught in my mind 

And I want to be there when you're... 
Coming down 

And I want to be there when you hit the ground 
So don't go away say what you say 
But say that you'll stay 
Forever and a day...in the time of my life 

'Cause I need more time yes I need more time 
Just to make things right 

Damn my situation and the games I have to play 
With all the things caught in my mind 


Damn my education I can't find the words to say 
About all the things caught in my mind 

Me and you what's going on? 

All we seem to know is how to show
t
he feelings that are wrong



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sem fronteiras.

Não estou sentindo você por perto.
Sinto como se você estivesse cego, surdo e mudo.
Minha maior agonia é não conseguir te ajudar porque não tenho como te alcançar, e você está se recusando a baixar a ponte pra eu poder passar.
então enquanto isso eu grito, grito, choro, me descabelo:
"Você ainda está aí?! Quem é você?!"
Só você não está enxergando.  Como eu queria te sacudir,
te dar um soco, espetar uma faca na porra do seu coração 
pra ver se ele chora comigo.
CHORA COMIGO, PORRA.
Tudo o que eu mais queria neste momento é que você conseguisse
falar minha língua ou que eu conseguisse me traduzir pra você.
Mas não, a vida diz, ainda não é o momento.
Então eu parei. Dei um passo para trás tentando dar o espaço
que agora você tanto precisa. Você precisa de todas essas facadas 
e precisa do espaço: "Deixem ele respirar!"
Eu estou aqui. Triste, descabelada, sem metade do meu coração.
Mas compreendida por mim mesma e esperando por você.
esperando a ponte baixar.
porque falar sem ser entendida ou ouvir você falar sem te compreender 
é angustiante, desgastante, doloroso e desnecessário.

mas vê se entende de uma vez por todas,
que o meu amor por você
é sem fronteiras.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

This and That.

“Some people bring out the worst in you,  others bring out 
the best, and then there are those remarkably rare, 
addictive ones who just bring out the mostOf everything.  
They make you feel so alive that you'd follow them straight into hell, just to keep getting your fix.”

Isso. É basicamente isso. 

 Saudades.  Saudades eternas.
Falando em saudade:



"I will miss you always,
 even in the moments you are right beside me.
Time apart has planted longing inside me 

and I do not think it is a weed that will ever stop growing. 
It will always live there, but my god
it grows the most spectacular flowers."





Agora venha comigo, leave yesterday behind 
and take a giant step outside your mind!





segunda-feira, 9 de julho de 2012

Maria Elena is right.

Estou tendo que lidar com a confirmação de uma verdade soberana escrita por Woody Allen e falada por Juan Antonio em Vicky Cristina Barcelona. Ele diz: 'Maria Elena used to say that...

only unfulfilled love can be romantic

Ai, Maria Elena, te quiero. Agora eu sei do que você estava falando.
Não tem como você explorar um amor e ele ser romântico, é impossível.
Só os amores incompletos, irreais e platônicos podem ser românticos...
Na realidade, o amor construído é maduro, sério e adulto.

Talvez seja por isso que depois de todo esse tempo eu ainda não soube lidar.
Eu sempre escolho o romance e o frio na barriga.
My love doesn't wanna grow up.

sábado, 7 de julho de 2012

Vermelho

Mais do que nunca tenho que focar em olhar pra frente sem desmerecer o que ficou pra trás.
Ainda não me sinto preparada para assumir um relacionamento com outra pessoa porque pela primeira vez em muito tempo estou in love comigo mesma. Estou vivendo essa fase maravilhosa em que eu me basto.
Na verdade acho que esse sempre foi o 'segredo' de um relacionamento saudável com alguém. Me lembrou aquele texto do John: "Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.".
Apesar de sempre ter concordado com o texto, não sei se já consegui colocá-lo em prática. Sempre fui uma pessoa egoísta com um plus formidável que é a insegurança: quando estou com alguém perco noites de sono pensando no que ele deve achar de mim, no que ele deve estar pensando sobre mim, se ele me ama, se está apaixonado ou não, se ele vai gostar disso ou daquilo que estou fazendo. Por isso, estar dentro de um relacionamento sempre foi algo muito conflituoso pra mim, conforto ZERO. Tanto para o meu egoísmo quanto para a minha insegurança, que conseguia atingir níveis altíssimos e acabava se transformando em ciúmes, dentre outros sentimentos tremendamente "danificadores de amor".

Agora estou me sentindo inteira, menos insegura, mas ainda bastante egoísta. Muito dentro de mim. Sei que quando a gente está feliz, a vontade de compartilhar a alegria com os outros é urgente! E é isso que eu não estou sentindo. Vontade de compartilhar nada com ninguém, ainda. Não estou feliz, mas também não estou triste. Estou aqui, agora. Vislumbrando novos caminhos, sentada e descansando. Recuperando energias para seguir em frente.

terça-feira, 3 de julho de 2012

I wish you love

Tenho sido mais de uma nesses últimos dias.
Tenho sido corajosa e covarde.
Quero andar em uma direção e meus pés automaticamente me levam pra outro caminho.
Estou sendo dominada por uma força que não sabia existir em mim.
Meu coração grita silenciosamente.

Ao passar dez dias em completo silêncio e tentando somente focar e respirar, descobri que somos todos dominados por nossa mente. 
que mente, mente, mente.
e também descobri a existência desta já comentada força.
que dói, dói, dói.
essa força é a verdade. é a minha verdade.
a verdade está acima de quem eu sou aqui neste planeta.
alguns chamam de alma, espírito, amor...
mas a verdade está em toda parte, ela grita!
e nossa mente controla nossos ouvidos e balança nossa cabeça negativamente.
porque a verdade dói muito mesmo, mas ela só quer nosso bem.
um poeta do rock um dia escreveu:
"você nem sempre consegue o que quer, mas se você tentar,
as vezes você consegue o que precisa".
as vezes a verdade vai de encontro ao que você quer.
mas ela é exatamente o que você precisa.

Por isso aos poucos, com o tempo, tenho parado de me debater.
Parei de espernear e comecei a sentir a morte me sugando.
A morte de um ciclo, de uma cachorra, de um amor, de inseguranças,
frescuras, infantilidades, medo, paixões, superficialidades, frivolidades.
Meu amadurecimento é palpável. É só me abraçar pra sentir.

Está escrito em cada ação minha, em cada passo que eu dou,
no silêncio e nas palavras ditas superficialmente, na falta de brilho
nos meus olhos,em cada sorriso e lágrima. 
No abraço que eu queria te dar e não posso, porque eu estou vazia. 
Porque eu não tenho nada pra dar. e o amor é isso, sabe.

o amor acaba sim, porque tudo acaba.
eu tenho olhado com muita tristeza para meu coração vazio.
Derramei cada gota de amor que restava nele,
em quem mais precisava naquele momento.
Acho que foi pouco. Quem sabe quando ele se encher novamente,
venha em maior quantidade.

E por enquanto, eu te digo isso:
" I wish you health, and more than wealth, I wish you love
.My breaking heart and I agree that you and I could never be,
So with my best, my very best, I set you free.
I wish you shelter from the storm, a cozy fire to keep you warm,Most of all, when snowflakes fall, I wish you love."
All kinds of love, a whole gang of love

A minha verdade está nessas palavras que eu vou lhe dizer:

nada dura para sempre, mas eu sempre sempre sempre vou te amar.
porque o amor acaba, sim. Mas ele começa de novo.
Diferente, mas igualmente grande.

I don't love you anymore,

goodbye?

"às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba."

domingo, 1 de julho de 2012

Silêncio

sabe como é, as vezes a gente tem que calar a boca.
Até escrever aqui me agonia depois de ter passado um dia inteiro falando sem parar.
Falando coisas íntimas pra pessoas desconhecidas.
Me sinto invadida, vazia e superficial.

Minha única vontade é ficar quieta.
and that is what I'm going to do.

Silence is golden, golden!

blablabla

blablablabablablabla  ROCK'N'ROLL blablablablablablablablabla
blablablabblablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablabbla SEXO blablablablablablablabla DROGAS blablabla
blablablablablablablabllablablablablablablablablablablablablablabla

domingo, 24 de junho de 2012

Parei.

Parei mesmo de mimimizar. Cabô, chega. Isso vai de exato encontro ao que estou passando.
MI MI MI zar não combina com a minha situação atual.
Então eu PAREI:

 - de te ligar
 - de falar com as pessoas sobre isso
 - de ser tão EGOÍSTA

COMEÇAREI A:

 - ir para a academia
 - meditar
 - me dar descanso

one day at a time.

Sem perguntas, sem dizer "que estraaaanho", sem questionar meus sentimentos.

É isso agora e ponto.

Deal with it.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Estranho.

Muito estranho. Tudo está diferente.
A verdade é que eu mudei, mudei bastante.
Tanto, que não me reconheço. 


Quer dizer que vai ser assim mesmo?!
Desse jeito?
Passaram-se dois anos e a gente vai acabar assim, com um abraço desajeitado e de porta aberta?
Não estou entendendo absolutamente nada. Creio que você menos ainda.

Bom, eu realmente preciso desse espaço.
Já precisava há algum tempo, mas meu medo era maior do que a vontade de ter espaço.
e agora, eu não tenho medo de nada.
Só de barata.

Estou com o coração mais apertado por você do que por mim.
Eu te amo, vale lembrar aqui.

Vale lembrar também de algumas coisas que eu ando precisando, além de espaço:

- Viajar pra algum lugar com bons drink e piscina onde eu possa ficar o dia inteiro bebendo, fumando, trepando [se meu tesão resolvesse dar as caras novamente] e conversando besteiras. *suspiros*

- Conhecer pessoas novas e interessantes. TEM que ser interessante, se não, não interessa.

- Sentir borboletas no estômago

- Achar que minha vida é um filme DIGNO de algum prêmio DIGNO e não candidato à framboesa de ouro [oi, últimos meses]

- Emagrecer 1 quilo *suspiros*

- Fazer uma puta apresentação no curso de teatro porque se for uma merda eu vou ficar muito puta.

- Ir no show dos Cachorrinhos

- Meu vestido da NastyGal tinha que chegar antes do fim do mês, mas eu realmente vou ficar super satisfeita se ele chegar e PONTO.

- Não ligar pra você. Não posso te ligar. Também tenho que parar de acessar seu perfil no facebook a cada trinta segundos. Porque, sabe, meu coração aperta quando eu vejo que você se desmarcou, mas eu sei que você tá só se preservando.

- Não ligar pra você. Já disse isso? Hoje eu entrei um pouco em abstinência. De ouvir a sua voz e tal. Mas "eu preciso disso" é meu mais novo mantra.


Acho que por enquanto é só.

Vamos ver no que vai dar.

domingo, 17 de junho de 2012

pools of sorrow, waves of joy

Sabe quando você está em uma festa cheia de gente conhecida e simplesmente não se empolga com absolutamente nada? Você bebe, fuma, abraça, conversa, beija seu namorado e tudo o que você sente é um vazio enorme. Tesão nenhum. Alegria alguma. Só cansaço.

Vontade de estar em casa vendo um filme sozinha.
I need rest.
Tenho que tentar ao máximo não dramatizar as coisas, mas tá sendo difícil lidar com esses sentimentos ou a falta deles. Eu já tinha ''sentido'' isso antes, mas sempre arranjava um jeito de me enganar, de forjar qualquer tipo de interesse. E eu até tenho um interesse agora. Me resguardar. Tentar não me enganar. Me ouvir.
Respeitar meu luto. Minha tristeza.


Esperar o retorno das ondas de alegria e tentar não me afogar nessa piscina de dor.

sábado, 16 de junho de 2012

because the Night

Então a gente entra numa depois que passa por algum tipo de crise, como se quisesse tirar umas férias da dor e da vida. Estou numa onda meio 'superficial', querendo ouvir músicas que jamais me interessaram, conhecendo pessoas mentalmente e querendo gritar e cantar no meu quarto tomando uma cerveja enquanto me admiro no espelho e penso que as pessoas me merecem e eu mereço muito as pessoas.
Talvez esse seja o empurrão que eu precisava. Essa falta de medo que você passa a sentir depois que a tempestade te atinge, porque você acha que nada mais de ruim pode acontecer com você e ponto.
Antes uma menina que só queria saber de melodia agora começa a entender tanto barulho.
O barulho atenua a dor enquanto a melodia a intensifica.
O barulho não deixa você ouvir seus próprios pensamentos enquanto a melodia te coloca dentro da sua própria cabeça e coração.
Eu preciso de Rock'n'Roll.
Muito mesmo.

sexo, drogas e rock'n' roll.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Patti Smith and me

"A maior parte dos meus poemas são escritos para mulheres porque mulheres são mais inspiradoras. Quem são os maiores artistas? Os homens. Em quem eles se inspiram? Nas mulheres. O meu lado masculino é inspirado pelo feminino. Me apaixono pelos homens, e eles me dominam. Não sou uma mina do movimento feminista. Acontece que não posso escrever sobre um homem porque sou dominada por ele, mas, com uma mulher, posso ser masculina. Posso usá-la como minha musa. Eu uso as mulheres."

sábado, 2 de junho de 2012

I've got a feeling

Então eu amava os beatles e vivia em um mundo próprio. Aquela fase da sua vida em que você não é mais criança e ainda não é adulta. Devia ter uns 13 anos quando descobri aqueles quatro rapazes e realmente não sei descrever o sentido imenso que eles fizeram na minha vida a partir daquele momento. Tudo se encaixava. Simples assim. Um novo ciclo então se iniciava.

Acontece assim, deixa eu explicar. O cosmos gosta de deixar tudo muito claro pra mim. Então em uma época em que tudo o que eu vivia e sentia eram os beatles, é óbvio que somente um John Lennon poderia me salvar. e foi o que aconteceu.

Depois fiquei obcecada  por Os Sonhadores, Sex and the City, Vicky Cristina Barcelona e Pamela Des Barres. E aí vieram Mr. Big, Aidan, Juan Antonio, dois ''Rock Star''s e Louis Garrel. Quer dizer.

Agora um ciclo está se fechando e eu estou muito receosa com a velocidade das coisas.
É um ciclo muito longo e eu não sou lá muito fã de mudanças drásticas.

Estou precisando de novas referências e novos Messias Pessoais. Tenho sentido muito claramente que cresci muito em um curto espaço de tempo e tudo o que passou foi tão infantil e necessário.

Na virada desse ano eu senti que tudo iria mudar.
Eu quase pude tocar com minhas próprias mãos a certeza instalada no meu peito naquele momento.
Foi muito solitário e cruel.

Então é isso, as situações estão todas dispostas na mesa. Só estou esperando o tempo e o cosmos ditarem os próximos acontecimentos para fazer minha canastra real.

Os Beatles, a Hanna, os Homens.

"Everybody had a hard year, everybody had a good time"

Blackbird, fly

Eu to muito à flor da pele. Aguentando firme e aceitando a minha dor. Corajosa. Amadurecida. Transformada.
Tudo acontece por um motivo, tudo faz sentido na hora certa. Está tudo uma merda e vai ficar tudo bem.
All things must fuckin' pass.


domingo, 27 de maio de 2012

We belong together

Eu lembro com uma precisão exata o dia mais feliz da minha vida.
Foi em 2000.  Eu tinha 12 anos. Era uma criança que só tinha um desejo na vida: ter um cachorro.
Eu colecionava álbuns de cãozinhos, tinha blusas e sonhava com o dia em que finalmente pudesse abraçar meu melhor amigo. Até que esse dia chegou.
Minha tia, que também é uma apaixonada pelos caninos, ligou pros meus pais e disse que tinha um presente pra mim. Nunca esqueço minha felicidade à caminho da casa da tia. Também nunca nunca vou esquecer o momento em que abri a porta e senti amor! Amor à primeira vista! Lá estava, uma cachorrinha branca que nem um algodão que veio correndo pra cima de mim dar uma lambida! Luckiest day of my life! A gente se amou de cara, é sério! Corremos o dia inteiro! Eu feliz de tê-la encontrado, e ela feliz de ter me achado.

Um tempo depois descobri que no meu prédio não podia ter cachorro. Um drama.
Iam tirar a Hanna de mim. Chorei muito. Muito. Muito. A gente já não se desgrudava.
Até que ficou decidido, a Hanna iria ficar com uma adolescente muito fofa que concordou em 'dividir' ela conosco. A cada três meses eu ia lá vê-la. De aniversário eu pedia: quero acordar com a Hanna aqui.
Era a minha maior felicidade. Ela sempre foi uma cachorra diferente. Quando ela chegou pra mim tinha já 2 anos de idade. Tinha sido rejeitada duas vezes e por isso sempre foi muito medrosa e insegura. Pra mim, ela não tem uma raça específica, é única. Não tem cachorro igual no planeta. Além disso, sempre teve a habilidade de não saber andar na rua, muito teimosa, muito avoada, muito amorosa sempre. Comigo e com quem convivia, porque com as outras pessoas e com os outros cachorros ela nunca foi muito sociável. Eu ficava olhando pra bichana e tentando entender. Queria tanto falar com ela. Ela sempre teve personalidade forte e eu sempre fui uma frouxa. Ficava agarrada com ela, e mesmo com uma cara de 'ai, que saco' ela não me afastava. Deixava eu esbanjar meu excesso de carinho naquele focinho molhado.
Nós crescemos juntas. Éramos crianças e brincávamos. Fui crescendo e no momento certo, em 2007, a adolescente agora adulta não poderia mais ficar com ela. 'Rejeitada' 3 vezes. Mas não por mim. Nunca por mim. Ela foi morar lá em casa. Pela primeira vez consegui ter a rotina que sempre quis ter com ela.
Deu muito trabalho. Dá muito trabalho. Muito! Mas não tem preço chegar triste, cansada, voltar de uma viagem e abrir a porta e dar de cara com muito amor. Sempre. Todos os dias eu acordava e me apaixonava por ela de novo. Todos os dias. Sem tirar nem pôr.

Meu maior medo de todos. Pânico. Era ela morrer. Não sei dizer porque, de onde veio isso. Racionalizar não adianta. Pânico é irracional.

Então, de um tempo pra cá ela tem ficado mais velhinha e mais cansada.
Sinto que meu medo está para se tornar realidade. O que tenho feito ultimamente é me treinar imensamente para dar um fim à minha covardia e começar a retribuir com toda minha energia, o amor que recebi.
As lambidas nas lágrimas. O rabinho abanando. As brincadeiras de pique-esconde. O suporte silencioso. As noites juntas. Os dias solitários. Toda a felicidade transbordante que eu senti e sinto com ela por perto.
Tenho aprendido ainda mais, que o Medo é o oposto do Amor. Que eu não quero ter medo que ela morra, eu quero Amar a vida que ela teve. Então eu abraço, digo que amo, dou remédio, faço a comida. Mesmo com o coração quase inexistente de tão pequeno.

Se ela pudesse me escutar e entender, eu diria:

Hanna, muito obrigada por ter me dado 12 anos de amor pleno, felicidade absurda, por ter me ensinado tantas coisas sem falar uma palavra, por ser linda e ter deixado uma marca definitiva e eterna na minha vida. Minha vida se divide em antes e depois de você.
E eu não estou exagerando.
Espero conseguir demonstrar isso durante o tempo que nos resta.
Eu te amo muito.

"So don't forget If the future should take you away. That you'll aways be part of me"


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Quem sou eu? Aonde estou?

Tenho aprendido tantas coisas... mas não tenho me reconhecido. Amadurecimento, talvez? Acho boring.
Meus Mr.Bigs. Meus eternos homens que não sabem lidar com seus próprios sentimentos.
Vocês me fizeram tão feliz! E me fizeram sofrer TANTO.
Amei vocês de verdade por mais que fossem de mentira.
Me ensinaram muito, meus amores.
Talvez eu não esteja na minha zona de conforto agora, embora pareça.
Minha zona de conforto eram vocês. Só que de confortável não tinha nada.
Doeu muito o que fizeram: nunca me amaram.
Mas saibam, que amei muito por todos nós!
E continuo amando o que ficou aqui dentro, um pedacinho de cada um.

'Cause nothing lasts forever, but I will always love you.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Flertes

Me sentindo frágil.
Falei o que estava sentindo na hora e saiu completamente errado. Porque meus sentimentos mudam a cada segundo! Mas tem um sentimento que não muda mesmo! My love for you.

Porque preciso te falar tudo que se passa na minha cabeça? Que habilidade eu tenho de te magoar por causa dessa doença maldita chamada insegurança.

Me desculpe!

Eu quero flertar com você forever!

sábado, 19 de maio de 2012

my love will turn you on

In the middle of the night.
In the middle of the night I call your name.

Só preciso dizer que realmente é preciso caminhar por tempo suficiente. Porque absolutamente tudo é construído, com esforço. E se esforçar as vezes é abdicar de certas coisas, morrer de raiva, engolir o orgulho.
No fundo você sabe que vale a pena. Você sempre sabe.

Faz tempo que eu não escrevo sobre você.
Tenho escrito muito sobre o que você me causa. Não sobre a sua pessoa.

Eu me sinto tão linda, tão maravilhosa, gostosa, amada e feliz.
De novo escrevi sobre o que você me causa. Mas a realidade é essa, na verdade.
A gente não se ama. A gente ama quem nós somos perto dos outros.

Espero que você se sinta tão lindo, maravilhoso, gostoso, amado e feliz ao meu lado quanto.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lucy in the sky

"ah, é só por diversão"

São duas noites seguidas em que ele sai sozinho enquanto eu trabalho na madrugada. So far so good. só que não. Eu realmente queria não me importar. A questão é que eu não me importo com o fato dele sair sozinho na noite, só me importo com o fato de eu não estar lá, ora. Me divertindo. Puta que pariu, parece que foi há UM SÉCULO a última vez em que me diverti pra valer. Ô, faz tempo. Ah eu fico puta sim. Meu coração quase desapareceu aqui, deus me livre. A gente se despediu tão fofamente e aí agora ele diz: 'Ah então tá, agora que você deixou (?) eu fazer isso vo lá tá; bjs'. Vai lá sim, baby! Vá pa puta que pariu com a minha diversão não existente. Divirta-se aí, viu! Enquanto eu trabalho! Ainda faltam 6 horas pra sair daqui! Rá rá rá.
Ah, porra!
Preciso comprar um 'how to not give a fuck for dummies'. Cadê? Onde vende?
Mas tudo bem. Acredito no Cosmos. Vou respirar e não pensar nisso. Pronto! Simples!
só que não.

Meu problema é essa eterna sensação de invasão. Amar é muito difícil. Eu me sinto invadida, remexida, revirada. Então quando isso acontece tenho a necessidade de trancar meus sentimentos, sabe como é, preservação. Tenho sentido isso direto com ele. Ele entra, dá uma olhada em tudo e sai como se nada tivesse acontecido. E eu fico aqui, tentando juntar os cacarecos. Dá trabalho! Enquanto me preservo ele continua a vida dele. Que raiva, não? O mundo dele não gira ao meu redor. O que é ótimo, é claro, porque o meu também não gira ao redor dele, cruz credo. A questão aqui é prioridade. Sinto que ele está figurando em uma posição muito mais acima na minha lista, enquanto eu espero estar entre os top 10 na lista dele. Eu absolutamente me odeio quando percebo isso, tipo agora. Alou, preciso trabalhar isso. Isso, digo, a questão de pensar nele enquanto faço minhas coisas... pensar: 'poxa, gostaria que ele estivesse aqui'. Enquanto agora ele provavelmente deve estar doidão se divertindo pra caralho com pessoas aleatórias e nem aí pro fato d'eu estar trancafiada nesse cubículo horroroso que tenho que chamar de trabalho. Porfa.

Aí o que meu instinto grita pra mim? Amanhã não liga, não nada. E o que ele vai fazer amanhã também? Não ligar, não nada. NÉ legal?

Preciso me divertir muito sem ele. É sério. Faz tempo que não acontece. Saudades das noites psicodélicas, muita saudade!

Amor my ass. Amor is bullshit.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

If you ain't special, baby

Joguei minha jaqueta de pseudo-couro por cima de uma lingerie creme e preta e vesti meus coturnos.
Tom Waits seduzia os alto-falantes me dizendo que eu era tão má quanto ele. Uma heineken gelada descia pela minha garganta enquanto algumas gotas teimavam em cair na minha barriga. Pela primeira vez senti ele olhar pra mim do jeito que eu sempre olho pra ele. Admiração e tesão. Muito tesão.
Me olhava no espelho e me sentia livre. Linda demais. Gostosa pra caralho.
Montei meu palco, escolhi meu figurino. Que porra é essa? Porque não consigo ser livre fora do motel? Mas eu não estava livre lá dentro. Minha mente ainda acorrentada à escuridão do inconsciente. Mão na barriga. Mão de homem, barriga de mulher. Desliza. Dedo. Pontada de tesão. Me desvio, mais cerveja. Mais música.
Cada passo a frente me aproximando da liberdade de tornar-me melodia. Um passo, uma batida. Meu quadril dança. Ele assiste imponentemente Homem. Leão. Meu corpo acompanha minha mente na leveza e elegância de uma felina. Tigresa. Tão poderosa e tão frágil.
Aquela mão enorme, macia e masculina me puxou pra perto de um peitoral peludo e confortável. Quando um Homem consegue externalizar a maioria das potencialidades da espécie, não há fêmea que resista. E ele é tão Homem. A barba percorria todo o meu corpo. Eu sou tão Mulher ao seu lado. Ahn. Tão Mulher. AAAhhn. Aahhn. Aaahhhhn.

'If you ain't special, baby
then everything's the same.'

e baby, eu sou especial.
porra, eu sou especial pra você.

sábado, 5 de maio de 2012

Mais um desabafo

Não sou inteligente. Cheguei a essa conclusão agora há pouco. Acho que vou fazer um teste de QI pra comprovar. Minha mente é muito dispersa e guarda informações de natureza absolutamente emocional. O meu problema, acho, é a minha curiosidade extrema patológica. Eu simplesmente quero saber de TU-DO. TUDO. Não importa. É claro, existem milhões de assuntos que não me interessam. Mesmo assim, quero saber. Acho fantástico quem manja de física, química, política, história, economia, música e cinema e fala de tudo isso com uma facilidade imensa. Eu acabo assim, querendo saber de tudo e por isso mesmo não sabendo de nada. Absolutamente frustrante. Também tenho essa outra teoria de que preciso trabalhar primeiro minha inteligência emocional senão a racional não vai funcionar direito. Mas o verdadeiro problema são as porras dos planetas de toda a porcaria do sistema solar que foram se acumular na porra da quarta casa enquanto o signo de Câncer estava lá exatamente na hora do meu nascimento. Quer dizer.
Claramente meu emocional interfere em todos os aspectos racionais da vida. Assim, não existe muito espaço para o racional por aqui. Na verdade, o que eu consigo racionalizar com firmeza são meus sentimentos. hahaha
Por isso, o que eu consigo identificar é uma cobrança muito grande da minha parte de ser a pessoa mais foda do mundo. Uma expectativa imensa em relação a mim mesma e exatamente por isso, uma frustração gigantesca o tempo todo. Adicionem aí problemas de auto-estima, que fode com tudo o que acabei de escrever acima. Um egoísmo sem fim que tento combater (nem) todos os dias. Quero que todo mundo goste de mim de graça, oquei. Ao mesmo tempo não tenho paciência pra maioria das pessoas. Quero fazer muita coisa e acabo não fazendo nada. Essa é minha vida. E é claro, é igual a vida da maioria das pessoas. Gente, não dá pra parar pra pensar nisso senão a gente enlouquece big time. Tava lendo Bukowski e em uma parte ele escreveu: "Dee Dee sabia umas coisas da vida. Ela sabia que o que acontecia pra um, acontece também pra maior parte da tribo. Nossas vidas não são tão diferentes, embora a gente goste de achar que são. A dor é estranha. A dor chega, BANG, e aí está ela, instalada em você. É real. Aos olhos dos outros, parece que você está de bobeira. Um idiota, de repente. Não há cura pra dor, a menos que você conheça alguém capaz de entender seus sentimentos e saiba como ajudar.". É só isso que eu sei. Que viver dói. Só isso.
Acho lindo quando alguns membros da tribo conseguem dar uns toques extremamente pessoais e iluminados nas paradas mais normais/banais. Isso me inspira a seguir em frente. Mas fico querendo fazer parte disso também. Me inspiro demais, mas queria pirar mais. Chegarei lá.
É o caminho que importa. O segredo é só esse. E não deveria ser segredo algum. Aonde você quer chegar? Tudo o que você faz pra conseguir chegar é a vida. As pequenas decisões do dia a dia, as pequenas escolhas que te levam ao seu destino. Destino. Nossa...
E quando você chegar lá, você vai mirar outro caminho e é isso. Viver não é chegar, é ir.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Vocês merecem

Existe na vontade sincera de compartilhar, uma semente de amor pura e simples.
Hoje em dia com todas as possibilidades de comunicação fácil, o botão 'compartilhar' do facebook é um exemplo, o ato de com-par-ti-lhar virou também uma manifestação ególatra. Virou 'corriqueiro', fácil, superficial é a palavra exata.
Isso porque quando surge a verdadeira VONTADE de compartilhar algo com as pessoas quer dizer que você acreditou tanto naquilo que você PRECISA fazer com que o resto da humanidade sinta, viva, leia o que quer que seja também. Porque todos MERECEM.

então, por favor, sintam, leiam, vivam isso também. nós merecemos!

"Apesar de todas as derrotas que a história registra, do nascimento e da extinção de civilizações, do desaparecimento de raças e continentes, existe um edifício resistente e invencível, que é a verdadeira habitação do homem. No dia em que acreditarmos nessa verdade, estaremos preparados para habitá-lo. E não será necessário, para tanto, querer destruir o mundo.
Da mesma forma que os rios são tragados pelos oceanos, os caminhos menos importantes serão, eventualmente, absorvidos pelo grande caminho, tenha ele o nome que tiver. As moralidades, éticas, leis, costumes, crenças, doutrinas - todo esse conjunto -não tem grande importância. Tudo o que interessa é que o milagroso torne-se o normal. Mesmo agora, frustrados e cheios de entraves como somos, o milagroso nunca está totalmente ausente. Mas como são errados, grotescos e desajeitados os nossos esforços para descobri-lo. Toda a criatividade, todo o enorme trabalho gasto com invenções, que são consideradas maravilhas do engenho humano, devem ser encarados não somente como trabalho perdido, mas também como um esforço inconsciente do homem para adiar e fugir do milagroso. Atulhamos a terra com nossas invenções sem pensar que elas talvez sejam inúteis - ou desastrosas. Inventamos os mais espantosos meios de comunicação, mas será que conseguimos nos comunicar com alguém? Transportamos nossos corpos de um lado para o outro da Terra com extrema rapidez, mas será que saímos do lugar onde estamos? Não. Estamos mentalmente, fisicamente e espiritualmente acorrentados. O que conseguimos ao derrubar montanhas, ao acumular a energia de rios caudalosos, ou ao mudar de lugar populações inteiras como se fossem peças de xadrez, se continuamos a ser as mesmas pessoas irrequietas, miseráveis e frustradas que éramos antes? Chamar tais atividades de progresso, é uma grande ilusão. É possível que o homem consiga alterar a face da terra de tal forma que nem sequer o Criador a reconheça, mas se os resultados dessas alterações não nos afetam, onde está o sentido de tudo isso?
As ações que tem sentido não necessitam de um impulso inicial. Quando tudo ao nosso redor está se despedaçando e se arruinando, talvez a atitude mais sensata seja a de ficar quieto, imóvel. O homem que consegue compreender e exprimira verdade que está oculta dentro de si mesmo, realizou uma tarefa mais poderosa do que a destruição de um império. Não é sempre necessário, além do mais, calar a verdade. Apesar do mundo estar se desagregando, a verdade permanece.
No começo foi a Palavra. O homem a representa. Ele é o representante e não o ator."


Transbordemo-nos.

sábado, 14 de abril de 2012

Inveja/Ciúme/Raiva

Olha, deixa eu falar sobre esses sentimentos que volta e meia tomam conta de mim.
É horrível porque você tem consciência do mal que eles causam e mesmo assim não consegue parar de sentí-los. Na verdade, eu consigo racionalizá-los e eles diminuem drasticamente de tamanho mas mesmo assim ainda  permanecem lá. A história é essa:
Tem essa menina que eu acho linda demais, fofa demais, criativa demais, uma coisa! Eu realmente a admiro. Nos tempos de internet escassa, lá pra 2001 mais ou menos eu já lia um blog que ela tinha! Era fã dos Beatles e principalmente do meu Paul. Escrevia muito bem. Enfim. Sempre a admirei de longe! Até que há uns 4 anos atrás (nossa, o tempo voa!) eu a encontrei novamente por acaso no twitter! Beleza. De todo esse tempo pra cá já fui a 3 shows do Paul (e ela também). Só que ela ganhou uma promoção e chegou a conhecê-lo! Tirou foto com ele e tudo. Totalmente merecido, é claro. Agora outra promoção está rolando e ela está concorrendo e sei bem que ela vai ganhar. Porque como eu disse, ela é muito fofa, muito linda, muito criativa.
E eu. Aqui. Só observando de longe, babando, invejando. Eu simplesmente acho que ela merece bastante e faz acontecer, essa é a diferença. Não consigo fazer acontecer. É isso que me faz pensar. Tem esse cara que eu digo ser meu ídolo mor! Uma pessoa que eu daria tudo pra conhecer. E eu não faço muita coisa, na verdade. Então, acho que eu não quero tanto... fico esperando as coisas caírem no meu colo, sei lá.
Eu não invejo a menina ou a situação, mas a força de vontade, a habilidade de lutar pelo que se quer.
Todos esses sentimentos negativos tomam conta de mim e é exatamente para mim que eles estão direcionados. A ''inveja'', o ''ciúme'', a ''raiva'' das outras pessoas são um desabafo. As outras pessoas são uma válvula de escape da minha insegurança, falta de força de vontade, CORAGEM.
A inveja, o ciúme e a raiva são sentimentos covardes.
E eu me sinto menor, um espírito diminuído quando sinto tudo isso.
Só não quero ser sempre a pessoa que observa e não faz acontecer. Tenho sido assim por 24 anos.

Eu não sei.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Inconsciente Insano


Whay can’t this be, can you tell me? Why we’re not free to be lovers?

A lua aparece imensamente gloriosa na minha janela e eu me espreguiço devagar.
A noite chegou. Eu olho pro travesseiro apreensiva e me deito.
Imagens vão se formando na tela em branco dos meus olhos... e lá está você novamente. Pela segunda semana consecutiva o seu semblante cisma em aparecer pra mim praticamente fazendo o mesmo, tentando me conquistar. Meu coração bate mais rápido quando você vem falar comigo e a minha vontade é de te agarrar e te beijar pra sempre. Mas acabamos sendo impedidos de alguma forma.
Quando meus olhos abrem pela manhã, o mesmo pensamento me ocorre: DE NOVO?
Acordada eu quero você bem longe de mim! Você me magoou como ninguém. Você é terrivelmente irritante e metido. Mesmo assim me apaixonei. Apaixonei-me inescrupulosamente. Você me fez andar nas nuvens pela primeira vez... Aiai, nuvens! Como eram deliciosas de serem pisadas!
Nunca ousei falar de você por aqui. Prometi pra mim mesma que jamais iria querer qualquer coisa com a sua pessoa novamente. Falar de você é admitir que você ainda existe e o que é ainda pior! que ainda mexe comigo. Eu nunca, nunca, nunca em sã consciência admitiria uma coisa dessas! Mas eu fecho os olhos e o meu insano inconsciente vem esfregar na minha cara o que eu não quero enxergar.
Mas eu digo DANE-SE.
Você, eu faço questão de reprimir.

domingo, 1 de abril de 2012

Coragem, coragem!


'A vida é responsabilidade', escrevi uma vez.
Hoje li isso:

"Você tem um compromisso cósmico agora! Mas tem, também, a liberdade de não aceitá-lo.
O karma lhe deu a liberdade de opção que constitui a chave mestra de um fardo chamado responsabilidade. 
Você se acomoda na almofada fofa da inércia simplesmente por medo de enfrentar uma mudança."

Sempre me achei uma covarde bastante corajosa.
Sou covarde porque tenho consciência do meu medo paralisante de assumir compromissos com qualquer tipo de coisa. E viver é simplesmente assumir compromissos. Ponto. Você caminha e tem que escolher uma direção e é claro assumir inteiramente a escolha que você fez e enfrentar de peito aberto as consequências. Viver é isso o tempo todo. Volta e meia tenho espasmos corajosos. Tenho coragem acima de tudo de olhar para dentro. De enfrentar a dor quando ela inevitavelmente vem. Acho que não exercito a força de enfrentar uma dor que eu mesma causei. Tenho medo de olhar pra fora. Me privo de acontecimentos, sentimentos e experiências absolutamente essenciais para minha evolução. Mas fico aqui me sabotando até não poder mais. Até todo e qualquer resquício de VIDA/TESÃO se extinguirem de mim.
Até tudo virar rotina e tédio.


o tédio não existe quando se tem TESÃO e CORAGEM. 

sábado, 24 de março de 2012

Vejamos

Ponto de vista numero um -

Mulher está só de calcinha preparando um bolo de chocolate. Coloca a massa no forno e com o dedo lambe as sobras de chocolate derretido no recipiente de vidro. Cai uma gota de chocolate em sua barriga. Está chovendo e tudo está acontecendo ao som de Harry Nilsson. Ela para por um segundo e pensa em sua situação. Queria que seu namorado estivesse lá para lamber a gota de chocolate caída.

Ponto de vista numero dois -

Mulher está só de calcinha preparando um bolo de chocolate. Coloca a massa no forno e olha para as sobras do chocolate que acabara de misturar. Pega o recipiente de vidro e lambe ele inteiro quase enfiando a cabeça dentro. Cai uma gota de chocolate em sua barriga, em sua mão, em seu pé... ela está toda lambuzada. Está chovendo e tudo está acontecendo ao som de Harry Nilsson. Ela para por um segundo.Está pensando em se associar ao Greenpeace tamanha sua identificação com a situação das baleias e quer se casar com o bolo de chocolate que acabou de colocar no forno.


meu ponto de vista atual:  di-vi-nha


AI GRAÇAS A DEUS!!!! Meu Browne tá pronto!!!!!!!!

tam ta taraaaam tam ta taraaaaam


domingo, 18 de março de 2012

Aprendendo a engolir

Conversamos no telefone depois de passar uns dois dias brigados. Ele está no bar com os amigos. Tem um som rolando ao fundo.  Ele está com o ego ferido e eu sei disso. Me diz que vai passar o próximo mês  viajando por aí. Eu respiro, sorrio e digo: Que delícia! Ele me diz que vai sair do bar daqui a uma hora. Eu sei que não e digo: Claro, tudo bem. A cada palavra que sai de sua boca meu coração diminui drasticamente de tamanho. A única coisa que eu posso fazer no momento é respirar e esperar. Engolir a dor e não despejar tudo em cima dele como normalmente faço. É claro que não estou satisfeita, mas sei que não gostaria de encontrá-lo hoje. Com certeza ele me daria ainda mais raiva. Resolvi poupá-lo. Ele me diz: 'Você não sabe de nada'. Eu sei de tudo e por isso mesmo digo: 'Claro que não amor, me explica!'. Tô fazendo carinho no coração dele. Porque só assim ele poderá fazer carinho no meu, que está precisando tanto por causa de toda essa dor/amor.

hoje vamos por partes

Parte Um - é aquele negócio: "Please excuse me while I overreact irrationally".

Parte Dois - só consigo olhar pra baixo ou para cima. olhar pra frente tá difícil.

Parte Três - meu inconsciente tem me mandado umas mensagens muito sinistras de que eu ainda não cicatrizei feridas cruéis. Todo santo dia. Ele deve pensar: 'vai que um dia ela acorda disposta, né não?'

Parte Quatro - Nada como a roda de giz que a gente risca em volta de nós mesmos.

Parte Cinco - Tem dias em que eu me olho no espelho e penso: PATZ, vai uma cirurgia plástica aí? e tem dias que eu olho e penso: How YOU doin'? Quer dizer, ter um relacionamento comigo mesma já é um suplício, ainda tenho que me relacionar com as outras pessoas e seus próprios mundos! Num tão pedindo demais não?

Parte Seis - Quero porque quero porque quero escrever um livro. Prefiro do que escrever um roteiro. Dificilmente vai virar um filme legal. Só vai ser legal se o Wes Anderson puder dirigi-lo.

Parte Sete - Ouvir 'Heroin' tem a mesma sensação de consumir 'Heroin'. O que o Velvet Underground não cura?

Parte Oito - Vontade de abrir os braços e me sentir livre sem ter que apelar para psicotrópicos.

Parte Nove - Estou escrevendo este post em doze partes por causa do dia 12 de março.

Parte Dez - Please, don't forget me now that you're unreal again.

Parte Onze - Posso continuar a ser incendiada por mim mesma através de você? Meu livro vai ser sobre você, porque SÓ pode ser sobre você.

Parte Doze - Feliz aniversário pra você e Feliz 3 anos de vida pra mim! <3

quarta-feira, 14 de março de 2012

Hormônio = Demônio

Fico puta quando ele está aqui e puta quando ele não está.
To achando tudo morno de novo. Chato. Boring. Rotina, essa motherfucker.
Nem sexo me faz feliz mais. Quero morrer. Quero dormir pra sempre. Passar de fase.
Saco. Saco. Saco.
Quando fico frustrada apago completamente todo e qualquer sentimento que ronda meu coração.
Não dou bola pra ninguém. Anti-socialidade mode on!
Eu não sirvo pra nada e todo mundo serve pra alguma coisa. Quando meu namorado está aqui em casa dez mil pessoas ligam pra ele. Eu tenho que exigir um dia da semana pra ficar com ele e mesmo assim ele tem coisa pra fazer no dia. Amanhã ainda vou colocar aparelho. Sério, não quero mais viver. Vou esperar  a morte em cima de uma montanha.
Prefiro mil vezes ficar sozinha do que me sentir desse jeito. Uma inútil.
Sabe, pelo menos eu fico sendo inútil sem ninguém do lado pra me lembrar constantemente disso.
Fodam-se todos!





Mesmo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ela está chegando!

Estou escrevendo aqui porque alguém precisa ler isso! Eu preciso desabafar:

"Então vai sentir falta dela, vai! FICA AÍ SENTINDO A FALTA DELA enquanto eu estou aqui no sofá comendo chocolate e precisando de amor!"
Mas eu nem quero amor... eu só quero não sentir ciúmes. Eu  não quero falar com ninguém NUNCA MAIS!


Obrigada pela atenção.

quarta-feira, 7 de março de 2012

retrato de um dia triste


Hoje o problema não foi comigo.
O dia inteiro foi de intensa tristeza e solidão.  Tristeza e solidão causadas por outra pessoa. Isso é muito estranho pra mim. Sempre foi. Porque eu sempre me senti uma pessoa independente, digamos assim. Nunca quis assumir que os outros importavam pra mim. É claro que tudo isso não passa de um sistema de defesa. Hoje, bem mais velha, consigo entender isso. Entendo que dói muito viver. E também entendo que não adianta evitar a dor a qualquer custo, pelo contrário.  Sem dor, sem vida.
            O que me entristeceu e me adoeceu o dia inteiro não teve nada a ver comigo. Eu não pensei nos meus problemas, ou que a minha vida está errada, ou que eu não tenho amigos. Não. Eu pensei no que poderia estar dando errado com outra pessoa. Porque a vida dela estar errada influencia diretamente a minha vida. Mas eu senti com tanta humildade e intensidade, que eu entendi. Eu tive que entender. Que sim, nós estamos sozinhos no mundo. Mas existem pessoas que fazem com que a vida neste planeta faça muito mais sentido. A dor, por causa disso, é amenizada. Se o mundo faz sentido pra mim, eu me sinto muito mais centrada, menos perdida, menos agonizada.
    É perturbador perceber a incrível vulnerabilidade proporcionada pelo amor. Como você tem certeza de que a sua vida seria incrivelmente menos inspiradora se aquela pessoa não existisse. Como você pode sofrer de uma maneira intensa por um problema que ‘não é seu’. Como eu posso me pegar aqui, neste instante, rezando pra que dê tudo certo pra outrem. Como amar é respeitar os demônios alheios. Como eu posso esquecer que o amor existe? Os piores momentos são os melhores. As crises, quando ocorrem, tem um propósito.
            Hoje eu posso dizer que o dia foi intenso. Foi triste por eu ter que aceitar que não controlo todas as situações da minha vida. Triste por saber que alguém que eu amo não está bem. 
            Hoje eu posso dizer que amo um homem e quero viver minha vida com ele por perto. Então posso dizer que o dia foi triste, intenso e vulnerável como o lado obscuro do amor. 


Hoje o dia foi de amor.  

domingo, 4 de março de 2012

people out there like you



As palavras saem da minha boca: 'Você está tão distante'.
Recebo as mesmas respostas: 'Não é verdade, não sinto isso'.
Caminho lentamente enquanto reclamo em alto e bom som que a culpa é toda de vocês, sempre!
Vocês estão se distanciando de mim!!!
De repente como resposta divina imediata, meus pés ficam presos no chão. Vôo alto e me vejo parada lá embaixo. Me distanciei de mim e percebi que quem estava longe o tempo inteiro era eu.
Sabe o que é sentir no coração do seu coração todas as pessoas que você ama longe de você?
Isso acontece quando eu não estou perto de mim.


Eu amo vocês, sabe. Mesmo. Mas meu amor costuma ser tão intenso que cresce para coisa alguma.
Meu amor é uma corrente elétrica poderosa e meu coração é fraco demais para ele. Então volta e meia sofro de Blecaute. Sobrecarga de amor. Pane. Medida de segurança. Aí eu fico assim, apagada.
E só me resta esperar a luz voltar. O coração voltar a funcionar.

Porque pensar no rosto de cada um de vocês me ilumina imediatamente. Vocês me iluminam. Mas logo depois tudo se apaga novamente. Está fraco mesmo, esse coração. Precisa descansar um pouco. Vou tentar tocar um violão, ler um livro, acender uma vela enquanto esse breu toma conta da minha alma. E prendo minhas lágrimas novamente com a certeza pulsante que é saber que cada um de vocês estarão me esperando na saída.

Essa música é pra vocês:


porque I thank the Lord for the people I have found.

I thank the Lord there's people out there like you

muito amor.

sexta-feira, 2 de março de 2012

trem pras estrelas

Ultimamente tenho tido crises avulsas de choro, dor no coração e ansiedade. Não sei o motivo. Não sei mesmo. Vai e vem. É muito estranho. Uma tristeza sem explicação. Está me levando a algum lugar, mas ainda não sei onde. "a tristeza é uma maneira da gente se salvar depois", diria o Cazuza.
Hoje observei as pessoas e pensei que realmente é muito fácil cair na armadilha que nós mesmos preparamos. É muito fácil viver na superfície do nosso mundinho. Ir para o trabalho, ir para a faculdade, ganhar dinheiro, ser bonita, ser popular. É muito fácil fingir ser tudo isso, nadar junto com a correnteza. Nós criamos esse mundo superficial porque senão, obviamente não teríamos mundo algum. Aí a gente nasce e é empurrado pra todo esse fingimento e o que fazemos? Fingimos junto. Porque é difícil você parar para perceber que absolutamente nada faz sentido algum. Nada mesmo. Se você afirmar qualquer coisa e eu te perguntar: 'porque' e você responder, aí eu perguntar 'porque' novamente non-stop vai chegar um momento em que você vai ter que responder 'não sei'. E é isso. Eu não sei. Você não sabe. Ninguém sabe.
A gente só sabe que está aqui. E de uma certa maneira é muito triste e confortante pensar na falta de sentido das coisas. Triste porque a gente vai ter que nascer, viver e morrer sem a resposta e enquanto vivemos temos que criar nosso próprio sentido, porque sem sentido ninguém vive.Confortante porque quando você entende que tudo é uma grande 'farsa' deixa de se importar tanto com os falsários e começa a caminhar em direção à Verdade. À sua verdade.
Então é sempre produtivo se ver diante do buraco negro chamado vazio existencial, porque do caos sempre surge algo bom. A consciência se expande, você se esvazia e deixa o amor tomar conta do seu corpo.
e o amor... faz muito sentido.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Esperando

'senta e tenta não chorar. porque você não sabe quanto tempo isso pode durar.'
queria parar com toda minha babaquice, meu romantismo non-stop, psicodeliaholic lifestyle.
mas dá não. dá mesmo não. na verdade nem queria parar com isso, só queria alguém que estivesse à altura de todos as minhas fantasias platônicas. é pedir muito? claro. é pedir muito porque eu simplesmente não posso sentar e tentar não chorar e ficar esperando que alguém venha me fazer feliz. *um minuto de silêncio por essa frase extraída diretamente de todos os livros de auto-ajuda existentes no planeta terra*. o negócio é que eu não estou sentada tentando não chorar, to sentada me debulhando em lágrimas enquanto espero meu coração gritar no meu ouvido se ele é o cara certo. Amar eu sei que eu amo, mas ele é o cara?
anota aí: eu quero romance daqueles de filme sim, é claro, minha vida é um filme! Nada mais justo.
Mas não quero nada idealizado. O protagonista do meu filme tem que ser alto, barbudo, lindo e ter mãos grandes e imponentes. Pelos no peito, cabeludo, me fazer derreter com apenas um toque. Simples, não? Mas não é só isso. Ele tem que me fazer rir. Ele é tão charmoso que me deixa de pau duro só com um olhar. Quer dizer, ele tem que ser charmoso assim. Enfim, ele é muito foda. Preciso me perguntar todo dia o que ele está fazendo comigo porque ele é perfeito demais para estar com alguém como eu. Eu passo a mão no peitoral mais perfeito do mundo e meu coração bate mais rápido porque ele toca no meu rosto com a mão mais perfeita do universo e puxa meu rosto pra perto da barba dele e me beija com aquela boca macia e nossas línguas se encontram e passeiam e dançam por horas...e eu tenho que me esforçar para não desmaiar de prazer.
Voltando para a realidade, eu queria que ele escrevesse sobre mim. Detalhes. Esses pequenos detalhes que juntos conseguem dizer bastante sobre quem eu sou. Porque eu queria saber se ele realmente sabe quem eu sou. Tenho medo dele estar muito enganado, sou dessas que conseguem fingir como ninguém ser quem não se é. Queria que ele falasse pra mim coisas que eu não sei sobre mim.
(Quando ele está meio dormindo, meio acordado e abre os olhos com a certeza de que eu estava olhando pra ele e eu realmente estava e ele fala com uma voz meio sonolenta pra eu ir dormir e eu simplesmente não consigo porque ele fica tão lindo quando dorme.)
Eu não quero flores, Homem. Mas se você me desse flores espontaneamente eu derreteria na hora.
Eu não quero nada. Eu quero que você queira me dar tudo.
EU ESTOU MUITO CANSADA DE ESPERAR, DE DAR, DE ME ESFORÇAR.
Não ligo nem um pouco pra dinheiro, mas por deus, quero que você me leve pra viajar, pra comer fora, pra beber, pra comemorar que o dia está bonito e que o dia fica mais bonito quando estamos juntos. Sei lá. Em mauá, teresópolis, galdinópolis, armação de búzios, geribá, sei lá. in a nice motel.
Eu estou esperando. Sentada e me debulhando em lágrimas.

Porque meu filme está terrivelmente tragicômico.

sobre a eternidade dos momentos

"De certa forma o artista está sempre se opondo ao movimento do destino-tempo. Ele é sempre a-histórico. Ele aceita o Tempo no absoluto, como diz Whitman, no sentido de que, seja qual for a direção em que role (como uma bola), esta será a direção; no sentido de que qualquer momento, todo momento, talvez seja tudo; para o artista nada existe além do presente, o eterno aqui e agora, o momento infinito em expansão que é chama e canção. E quando ele consegue estabelecer esse critério de experiência apaixonada, então, e somente então, está afirmando sua humanidade. Somente então ele vive na inteireza o seu papel de Homem. Obediente a cada impulso - sem distinções de moralidade, ética, lei, costume, etc. Abre-se a todas as influências - tudo o alimenta. Tudo é válido para ele, inclusive o que não compreende - especialmente o que não compreende."

Henry Miller.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

tenho a mania de achar importante. tudo muito importante. pra mim é difícil lidar com tudo na vida, levar tudo na brincadeira. embora eu saiba que sou absolutamente nada. não me levo a sério. mas levo todas as outras coisas muito a sério. acho que viver é uma responsabilidade, um comprometimento, por isso vivo fugindo de responsabilidades e comprometimentos.
contraditório? sempre.
tento racionalizar. repito para mim mesma: não eternize os momentos.
e por causa disso, tudo tem se diluído em um mar de futilidades.
Porque meus momentos SÃO eternos. eles tem que ser.
e eu estou afogada em mim mesma. em desistir. mas tenho recebido sinais claros para não fazê-lo.
eu vejo como sinais.
uma música começou a tocar no meu ouvido e eu entendi isso:

"Eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando,
Mas se a gente vai juntinho, vai bem.
E eu não sei se você sabe, mas eu ando aqui tentando
E a gente tem o eterno amor de além.
E eu me pergunto o que é que eu sou.
Mas eu não sou mesmo nada
E eu me pergunto o que é que eu fiz
Mas eu não fiz mesmo nada,
Eu penso tanto em desistir
Mas no final, não ganho nada."
É bem isso. E hoje mesmo peguei um livro e abri nessa página:

"...tinha que me entupir de conhecimento, perceber a futilidade de tudo, destruir tudo, me tornar desesperado, a seguir humilde, e depois me apagar inteiramente a fim de recuperar minha autenticidade"

e "com a simplificação crescente o mistério se intensifica"

e é claro, a melhor de todas: "Toda estrada nos leva lá, se seguirmos por ela tempo suficiente".

O autor é o Henry Miller. E a música é da Mallu Magalhães.

Só sei que estou serenamente angustiada.
Eu sou uma desorientada e me preocupo com todas as estradas.
Me preocupo porque penso: 'e se eu não chegar à lugar algum?'
e também me preocupo por pensar: 'e se a gente já chegou no final da nossa estrada?'
e se os meus caminhos tornaram-se outros neste momento eterno?

mas a serenidade da minha angústia se dá pela minha absoluta certeza de que tudo acontece por um motivo. E sempre é pro meu bem. Cosmos é malandro.

Como esse cd está definindo todos os meus momentos, aqui vai mais uma música:

"Até há pouco estava tudo bem,
Todos os sonhos cultivados,
Agora pouco eu até reguei
As flores qu'eu tinha plantado.
Talvez eu seja pequena,
Lhe cause tanto problema
Que já não lhe cabe me cuidar,
Talvez eu deva ser forte,
Pedir ao mar
Por mais sorte
E aprender a navegar."
e é isso. é sempre isso ou aquilo.
só preciso assumir.

Preciso tanto me assumir.
e não sumir, como tenho feito.

Basicamente  tenho que me entupir de conhecimento, perceber a futilidade de tudo, destruir tudo, me tornar desesperado, seguir humilde, e depois me apagar inteiramente a fim de recuperar minha autenticidade.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mais uma vez

Kiss me
I want you to kiss me like a stranger once again
Kiss me like a stranger once again
I won't believe that our love's a mystery
I won't believe our love's a sin
I want you to kiss me like a stranger once again
You wear the same kind of perfume
You wore when we met
I suppose there's something comforting
In knowing what to expect

But when you brushed up against me
Before I knew your name
Everything was thrilling
'Cause nothin' was the same


Now I want you to kiss me
I want you to kiss me like a stranger once again

Kiss me like a stranger once again

domingo, 5 de fevereiro de 2012

é raiva

não entendo. nunca senti tanta raiva de alguém antes. minha raiva caminha junto com a frustração.
acho que eu estou sempre esperando muito de você e suas atitudes acabam sempre me decepcionando. aí eu fico frustrada e raivosa. quero te xingar e te bater. pra sempre. desde sempre.
já até falei daquela música do velvet underground. Sometimes I feel so happy, sometimes I feel so sad, sometimes I feel so happy. But mostly you just make me mad. Baby, you just make me mad. É bem isso, na verdade. baby, you just make me mad. o problema aí é que eu não sei porque e também não entendo. queria entender, seria muito mais fácil contornar o problema. acho tão estranho. você me irrita profundamente. só isso.
aí eu fico me questionando e torno tudo muito complicado. por exemplo agora. estou com raiva. muita raiva. mas estou me controlando. tá ficando bastante cansativo. sentir raiva cansa. aí eu fico culpando meu marte em leão na quinta casa. ou talvez minha lua em gêmeos (sucks). é cansativo porque eu simplesmente mudo de sentimento de um segundo pro outro. tudo é muito imprevisível. e incrivelmente contraditório. sou canceriana com a merda do ascendente em peixes e minha lua em gêmeos. qué dizê, se fode aí mermão.
quero ter pelo menos oitenta por cento da sua atenção. quero que você queira me ver, é óbvio. e também quero não ser infantil e tentar enxergar que você tá preocupado com o trabalho e coisa e tal. mas a minha infantilidade é baseada no fato de que eu acho tudo uma grande baboseira. não ouço o que as pessoas dizem, percebo o que elas fazem. por isso meu coração fica do tamanho da unha do meu dedinho do pé quando uma sucessão de acontecimentos não-satisfatórios acontecem no decorrer da semana. já deixei de acreditar em coincidência faz tempo. a gente tá numa péssima onda. péssima. péssima. odeio esses momentos.absolutamente nada parece estar certo. eu falo e você não ouve. simples assim. meu coração tá tão apertado e sinto que você não está por perto e isso consegue me deprimir mais ainda. é claro que não adianta falar sobre isso. o que há de se fazer?
Esperar. ARGH. Esperar. que merda. enquanto isso mando um 'fuck you' super gentil via mensagem de facebook. Maturidade mandou lembranças.