sábado, 14 de abril de 2012

Inveja/Ciúme/Raiva

Olha, deixa eu falar sobre esses sentimentos que volta e meia tomam conta de mim.
É horrível porque você tem consciência do mal que eles causam e mesmo assim não consegue parar de sentí-los. Na verdade, eu consigo racionalizá-los e eles diminuem drasticamente de tamanho mas mesmo assim ainda  permanecem lá. A história é essa:
Tem essa menina que eu acho linda demais, fofa demais, criativa demais, uma coisa! Eu realmente a admiro. Nos tempos de internet escassa, lá pra 2001 mais ou menos eu já lia um blog que ela tinha! Era fã dos Beatles e principalmente do meu Paul. Escrevia muito bem. Enfim. Sempre a admirei de longe! Até que há uns 4 anos atrás (nossa, o tempo voa!) eu a encontrei novamente por acaso no twitter! Beleza. De todo esse tempo pra cá já fui a 3 shows do Paul (e ela também). Só que ela ganhou uma promoção e chegou a conhecê-lo! Tirou foto com ele e tudo. Totalmente merecido, é claro. Agora outra promoção está rolando e ela está concorrendo e sei bem que ela vai ganhar. Porque como eu disse, ela é muito fofa, muito linda, muito criativa.
E eu. Aqui. Só observando de longe, babando, invejando. Eu simplesmente acho que ela merece bastante e faz acontecer, essa é a diferença. Não consigo fazer acontecer. É isso que me faz pensar. Tem esse cara que eu digo ser meu ídolo mor! Uma pessoa que eu daria tudo pra conhecer. E eu não faço muita coisa, na verdade. Então, acho que eu não quero tanto... fico esperando as coisas caírem no meu colo, sei lá.
Eu não invejo a menina ou a situação, mas a força de vontade, a habilidade de lutar pelo que se quer.
Todos esses sentimentos negativos tomam conta de mim e é exatamente para mim que eles estão direcionados. A ''inveja'', o ''ciúme'', a ''raiva'' das outras pessoas são um desabafo. As outras pessoas são uma válvula de escape da minha insegurança, falta de força de vontade, CORAGEM.
A inveja, o ciúme e a raiva são sentimentos covardes.
E eu me sinto menor, um espírito diminuído quando sinto tudo isso.
Só não quero ser sempre a pessoa que observa e não faz acontecer. Tenho sido assim por 24 anos.

Eu não sei.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Inconsciente Insano


Whay can’t this be, can you tell me? Why we’re not free to be lovers?

A lua aparece imensamente gloriosa na minha janela e eu me espreguiço devagar.
A noite chegou. Eu olho pro travesseiro apreensiva e me deito.
Imagens vão se formando na tela em branco dos meus olhos... e lá está você novamente. Pela segunda semana consecutiva o seu semblante cisma em aparecer pra mim praticamente fazendo o mesmo, tentando me conquistar. Meu coração bate mais rápido quando você vem falar comigo e a minha vontade é de te agarrar e te beijar pra sempre. Mas acabamos sendo impedidos de alguma forma.
Quando meus olhos abrem pela manhã, o mesmo pensamento me ocorre: DE NOVO?
Acordada eu quero você bem longe de mim! Você me magoou como ninguém. Você é terrivelmente irritante e metido. Mesmo assim me apaixonei. Apaixonei-me inescrupulosamente. Você me fez andar nas nuvens pela primeira vez... Aiai, nuvens! Como eram deliciosas de serem pisadas!
Nunca ousei falar de você por aqui. Prometi pra mim mesma que jamais iria querer qualquer coisa com a sua pessoa novamente. Falar de você é admitir que você ainda existe e o que é ainda pior! que ainda mexe comigo. Eu nunca, nunca, nunca em sã consciência admitiria uma coisa dessas! Mas eu fecho os olhos e o meu insano inconsciente vem esfregar na minha cara o que eu não quero enxergar.
Mas eu digo DANE-SE.
Você, eu faço questão de reprimir.

domingo, 1 de abril de 2012

Coragem, coragem!


'A vida é responsabilidade', escrevi uma vez.
Hoje li isso:

"Você tem um compromisso cósmico agora! Mas tem, também, a liberdade de não aceitá-lo.
O karma lhe deu a liberdade de opção que constitui a chave mestra de um fardo chamado responsabilidade. 
Você se acomoda na almofada fofa da inércia simplesmente por medo de enfrentar uma mudança."

Sempre me achei uma covarde bastante corajosa.
Sou covarde porque tenho consciência do meu medo paralisante de assumir compromissos com qualquer tipo de coisa. E viver é simplesmente assumir compromissos. Ponto. Você caminha e tem que escolher uma direção e é claro assumir inteiramente a escolha que você fez e enfrentar de peito aberto as consequências. Viver é isso o tempo todo. Volta e meia tenho espasmos corajosos. Tenho coragem acima de tudo de olhar para dentro. De enfrentar a dor quando ela inevitavelmente vem. Acho que não exercito a força de enfrentar uma dor que eu mesma causei. Tenho medo de olhar pra fora. Me privo de acontecimentos, sentimentos e experiências absolutamente essenciais para minha evolução. Mas fico aqui me sabotando até não poder mais. Até todo e qualquer resquício de VIDA/TESÃO se extinguirem de mim.
Até tudo virar rotina e tédio.


o tédio não existe quando se tem TESÃO e CORAGEM.