sexta-feira, 29 de maio de 2009

It's time

Eu tava voltando pra casa.
Atravessei a rua e me dirigi até o posto de gasolina, à caminho.
O Senhorzinho sentado na cadeira assim que me avistou deu um pulo, ficou de pé, abriu a geladeira, pegou a garrafinha de Coca-cola de 600ml e abriu um sorriso: é a última!
Na verdade eu estava afim de comprar uma lata, mas achei o gesto dele uma gracinha.
Perguntei: Eu tô assim, tão previsível?
Ele riu.

Sempre fui assim, de 'rituais' e previsibilidades.
Na verdade eu tenho algumas teorias sobre o porque disso, mas assim, na real, eu ainda não saquei direito qualé.

Há um tempo que venho pensando em obviedades.
Em fugir do óbvio, da hipocrisia, dos clichês! Deu pra perceber, né?
É o seguinte!

Agora eu quero fazer todo o esforço do mundo pra ver o óbvio.
Não vou fugir porcaria nenhuma!
Descobri que no meu caso não funciona.

Primeiro preciso olhar direta e fulminantemente no olho da obviedade.
Entender, estudar, perceber.
Aí, depois eu posso pensar em ir além...

Você pode passar longe dos clichês sem passar por esse processo.
Olhar para o óbvio mas conseguir enxergar através dele, isso é genialidade.
Eu não sou genial. Preciso do esforço.

Eu fazia assim, olhava para além do óbvio.
Mas como aquela pessoa que via além porque tinha miopia, sabe como é?

It is time for glasses.

sábado, 23 de maio de 2009

Sexta à noite.

Sentada no chão, atacava vorazmente quatro pacotes de club-social que representavam não só meu jantar, mas a realidade de um orçamento apertado. Tão apertado que a minha amiga teve que inteirar o pagamento pela Coca-cola. E olha que eu sempre tive como sustentar meus vícios.
Enquanto conversávamos, relembrando o passado de cada uma, surgiu o assunto ‘primeiro beijo’.
Contei a minha história.

- Meu Deus, você teve a história mais clichê de todas!
Primo, verdade ou conseqüência, 14 anos. Clichê, clichê, clichê.

E eu fiquei pensando...

Mais nova, meu lado racional dizia que eu era diferente das outras pessoas.
Mas o que fazer quando outra parte de você, mais forte, mais irracional e inconsciente te leva a ser exatamente igual aos outros?

Todos nós, seres humanos, nos sentimos tão deslocados neste mundo, que tentamos nos fazer encaixar em grupos e ser aceito por alguéns.
E eu sei que essa declaração é clichêzaça.
Mas é uma verdade doida e doída.

Enquanto você não consegue se aceitar internamente, recorre à aceitação exterior.
E você sabe que não é papinho de auto-ajuda, mas a mais pura ver-da-de.

Eu estava pensando sobre o meu papel nesse planeta e me deparei com alguns livros de um cara chamado Erich Fromm. Eu já estava chegando lá e ele me deu um empurrãozinho...

Vou transcrever aqui uma citação de Master Eckhart, que o Fromm colocou na introdução de um capítulo sobre a Natureza e Caráter do Homem:

"Ser eu um homem,
isso compartilho com outros homens.
Ser eu capaz de ver e ouvir,
é o que também fazem todos os animais.
Mas eu ser eu é apenas meu,
isso pertence a mim
e a mais ninguém;
a nenhum outro homem
nem a anjo nem a Deus -
exceto na medida em que
sou idêntico a Ele."

Eu, só mais uma que teve seu primeiro beijo com o primo no verdade ou conseqüência.
Que no fundo queria mesmo ser igual, porque se sentia diferente.








Pode ser clichê, mas o filme é meu.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

super nova

How many special people change?
How many lives are living strange?

Wake up the dawn and ask her why
A dreamer dreams, she never dies
Wipe that tear away now from your eye.

where were you while we were getting high?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ai

que (pi-si-co-de-li-ca-men-te) LINNNNNNDO

sexta-feira, 1 de maio de 2009

everybody must get stoned

Ouvindo Rainy Day Women no trabalho no feriado do dia do trabalho.
Véspera de viagem, frio na barriga, auto-confiança um pouco abalada devido a fuxicadas no orkut. Tudo bem. Já me acostumei com a relação Sadô-masô que mantenho com o Mundo. Acostumei tanto que estou a ponto de superar. Okei, não exageremos.
Já superei muita coisa. Parece que se passaram quatro anos, não meses.
Babies, things could only get better. E estão getting better all the time...
Esperança elevada, mode sonhos ON, sem guilt or frustrations.

GET STONED. GET BEATLED.

Chapa total na realidade percebida.
Não importa por quais nem por quantos caminhos ou devaneios ou músicas você se deixe levar, esteja e seja.
É você que sabe, que sente, que não sente, que percebe.

A música agora mudou pra 'Stuck Inside of Mobile With the Memphis Blues Again'.
Algumas coincidências me levaram até o 'Blonde on Blonde' do Bob Dylan, mas eu não acredito em coincidências.

Então, seu Cosmo... Valeu pela dica.
Vou tomar um Cosmopolitan e tentar ficar bêbada de alegria (porque alegria é passageira, felicidade não) em sua homenagem numa rua famosa de São Paulo.